A competição pelo governo do Rio Grande do Sul em 2026 é projetada para ser intensa, envolvendo uma disputa entre correntes bolsonaristas e de esquerda. Essa expectativa surge a partir de uma pesquisa realizada entre os dias 12 e 16 de março, apresentada pelo instituto Paraná Pesquisas.
Os dados indicam que o tenente-coronel e deputado Luciano Zucco, do PL e figura proeminente do bolsonarismo, lidera com 27,4% das intenções de voto. No entanto, a disputa está próxima, com dois candidatos de esquerda em posições competitivas: Juliana Brizola, ex-deputada estadual e ex-vereadora, alcançando 21,2%, e Edegar Pretto, atual presidente da Conab e ex-deputado estadual, com 21%. Devido à margem de erro de 2,5 pontos percentuais, Brizola e Pretto estão tecnicamente empatados, embora não com Zucco.
O vice-governador Gabriel Souza, do MDB, obteve 9,2% das intenções de voto, seguido pela ex-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, do PSDB, com 4,3%. É pertinente observar que ambos os pré-candidatos podem receber apoio do governador Eduardo Leite, do PSDB, que não poderá concorrer à reeleição. Augusto Nardes, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), registra 2,3%. Além disso, 10,7% dos entrevistados manifestaram intenção de votar em branco, nulo ou não responderam à pergunta.
A eleição de 2022 já havia mostrado um cenário semelhante, onde o ex-ministro Onyx Lorenzoni, do PL, e Edegar Pretto, do PT, se destacaram como candidatos significativos, mas a vitória ficou com Eduardo Leite, do PSDB. Leite e Lorenzoni disputaram o segundo turno, sendo que Leite obteve 57,12% dos votos em comparação aos 42,88% de Lorenzoni, com apoio parcial do eleitorado petista.
A pesquisa do Paraná Pesquisas foi realizada com 1.628 eleitores em 65 municípios do Rio Grande do Sul.