A polícia cercou a estação de metrô Clemenceau, localizada em Bruxelas, após um tiroteio que resultou na morte de um jovem de 19 anos no último sábado, dia 15. As investigações estão sendo realizadas para apurar a possível participação de gangues ligadas ao tráfico de drogas no incidente, que se configura como o quarto confronto desse tipo na capital belga em um intervalo inferior a duas semanas.
Conforme reportado pela agência de notícias Belga, a troca de tiros teve início por volta das 21h30, horário local, nas proximidades da estação do metrô Clemenceau, situada no distrito de Anderlecht. O ministro do Interior da Bélgica, Bernard Quintin, esteve no local do tiroteio e classificou as disputas territoriais entre gangues como inaceitáveis, enfatizando a necessidade de implementar “medidas novas e mais rígidas” para o combate à criminalidade.
Vale destacar que a mesma estação de metrô já havia sido cenário de outro tiroteio no dia 5 do mesmo mês, que não deixou vítimas fatais. Na mesma data, houve um incidente semelhante na área de Saint-Josse-ten-Noode, seguido de um terceiro tiroteio no dia seguinte em Peterbos, também na região de Anderlecht, que resultou na morte de uma pessoa. Em 2024, a cidade de Bruxelas contabiliza 89 incidentes de troca de tiros em espaços públicos, que levaram a nove mortes.
Diante da escalada da violência armada, as autoridades belgas anunciaram alterações na estrutura policial com o objetivo de frear essa onda de criminalidade. Desde o tiroteio de 6 de fevereiro, a quantidade de agentes de segurança nas ruas de Bruxelas foi ampliada, e o comando da polícia, que historicamente era dividido em seis regiões, foi unificado para permitir um melhor controle das patrulhas em toda a capital.
O prefeito de Anderlecht, Fabrice Cumps, comentou à imprensa local que o tiroteio ocorreu “apesar da presença reforçada da polícia a setenta metros de distância”, ressaltando que isso demonstra que os criminosos não hesitarão em agir.
