O Partido do Poder Popular da Coreia do Sul, de orientação conservadora, designou no sábado (3) o ex-ministro do Trabalho, Kim Moon-soo, como seu candidato para a eleição presidencial marcada para 3 de junho. A convocação da eleição ocorreu após a destituição do presidente Yoon Suk Yeol, que tentou declarar a lei marcial. Kim enfrentará Lee Jae-myung, o candidato liberal do Partido Democrata, que atualmente lidera as pesquisas com uma vantagem de dois dígitos sobre outros candidatos conservadores.
Kim Moon-soo, de 73 anos, iniciou sua carreira como ativista trabalhista na universidade, mas posteriormente adotou uma postura conservadora rígida. Como ministro do Trabalho no governo de Yoon, ele prometeu implementar políticas favoráveis ao setor empresarial, caso seja eleito.
Durante seu discurso de aceitação, Kim expressou preocupação com a crise política que, segundo ele, o país enfrenta devido ao que considera uma agressiva campanha de impeachment promovida pela oposição. Ele afirmou: “A Coreia do Sul está em crise.” O Partido Democrata, por sua vez, apresentou moções de impeachment contra 31 autoridades de governo.
Kim detalhou que a oposição visou diversos altos funcionários, incluindo o Primeiro-Ministro, o Vice-Primeiro-Ministro para Assuntos Econômicos, vários ministros, o chefe do Conselho de Auditoria e Inspeção, o presidente da Comissão de Comunicações da Coreia e o Procurador-Geral. Além disso, o candidato se comprometeu a reformar a constituição, que não passa por emendas desde 1987.
Essa eleição foi provocada pela destituição de Yoon pelo Tribunal Constitucional em abril, que determinou que o presidente havia cometido uma violação de deveres ao declarar a lei marcial em 3 de dezembro, sem apresentar justificativa.