No sábado, 8 de outubro, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, juntamente com sócios do clube, participou de um protesto na sede do Timão, localizada no Parque São Jorge. Os manifestantes, incluindo Melo, compareceram ao evento usando chinelos, em resposta a declarações feitas pelo ex-presidente Mário Gobbi durante uma reunião do Conselho de Orientação do Corinthians (CORI), onde ele utilizou uma linguagem considerada classista em relação à presença dos sócios na sede social.
Em sua fala, Mário Gobbi comentou sobre a frequência de determinados indivíduos no clube, referindo-se a eles de maneira depreciativa. Ele afirmou que estava “cheio de bandido frequentando o clube” e utilizou a expressão “é chinelo havaiana, um baixo nível” para criticar a administração de Augusto Melo. Essa citação gerou considerável repercussão e reações entre os torcedores e sócios.
Após a divulgação de suas declarações, no dia 3 de outubro, Mário Gobbi se manifestou em uma nota oficial. Na comunicação, ele, que está em posição de oposição à administração atual de Melo, argumentou que o teor do que foi divulgado era “manipulador e maldoso”, uma vez que a ata da reunião ainda não havia sido redigida. No entanto, o ex-presidente admitiu que suas palavras não foram as mais apropriadas. “Reconheço que as palavras escolhidas por mim não foram adequadas, pois transmitem a ideia de que o problema estaria no fato de pessoas de baixa renda frequentarem o clube. A diversidade sempre será uma de nossas virtudes”, ressaltou.
Durante o protesto realizado no Parque São Jorge, os apoiadores de Augusto Melo manifestaram seu descontentamento em relação às declarações de Gobbi. O presidente participou do ato vestindo chinelos e uma camiseta que exibia a frase “Contra todo ditador”. Os apoiadores também usavam camisetas que possuíam a inscrição “Time no Povo” na frente e, na parte de trás, a frase “Seus chinelos são bem-vindos”, reforçando a mensagem de inclusão e diversidade dentro do clube.