O Corinthians está enfrentando uma intensa sequência de jogos no início da temporada de 2025. Em um período de um mês e uma semana, a equipe sob a direção de Ramón Díaz completou a pré-temporada e já participou de dez partidas no Campeonato Paulista. A estreia do time aconteceu em 16 de janeiro, em Bragança Paulista, contra o Red Bull Bragantino. Menos de um mês depois, na última quarta-feira (12), o Corinthians teve seu décimo jogo, enfrentando o Santos na Neo Química Arena, o que resulta em uma média de uma partida a cada 2,7 dias.
No contexto do Campeonato Paulista, o intervalo padrão entre os jogos para uma equipe é, em regra, de 72 horas (três dias). Este período é normalmente estabelecido para assegurar o descanso adequado dos jogadores e prevenir a sobrecarga física. Entretanto, em situações excepcionais, como calendários apertados ou reprogramações, esse intervalo pode ser alterado, mas 72 horas continua sendo a norma mais usual. Essa situação foi destacada por um advogado esportivo, que possui mais de 20 anos de experiência na área.
Diante disso, o Corinthians se vê em uma maratona de jogos sem o cumprimento do intervalo mínimo entre as partidas. A responsabilidade pelo calendário compete à Federação Paulista de Futebol, e o clube do Parque São Jorge, assim como outros participantes do torneio, tem a opção de buscar a Justiça Desportiva ou entrar em contato diretamente com a FPF para solicitar a ampliação do intervalo entre os jogos.
Caso uma equipe seja obrigada a jogar com um intervalo inferior ao recomendado de 72 horas, ela pode recorrer à Justiça Desportiva ou à própria FPF, contestando a decisão sob a alegação de prejuízo competitivo ou risco à integridade física dos atletas. Em circunstâncias extremas, um clube pode solicitar o adiamento da partida, mas essa solicitação será analisada pela entidade organizadora. Se o clube concordar em jogar sem contestar, não haverá penalização direta; no entanto, consequências indiretas podem incluir o desgaste físico dos jogadores e uma provável queda no desempenho da equipe. Quando há punições, estas costumam ser direcionadas à entidade organizadora pela má gestão do calendário, e não ao clube.
