A defesa do coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto foi a primeira a se pronunciar em resposta ao relator, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em relação à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca da tentativa de golpe de Estado. Um total de 34 indivíduos estão sob investigação, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros de Estado. Os advogados dos implicados têm um prazo de 15 dias para se manifestar sobre as alegações da PGR, sendo que os prazos expiram entre 6 e 7 de março, dependendo da data de intimação.
A defesa do coronel sustentou que ele não tinha a intenção de se envolver em um golpe de Estado, afirmando que suas manifestações eram meros “desabafos” que não ameaçavam a paz social, uma vez que eram de natureza privada. Essas ações foram caracterizadas como “bravatas”, e as dúvidas levantadas sobre a segurança das urnas eletrônicas foram apresentadas como “uma preocupação natural de milhões de cidadãos brasileiros”, que eram frequentemente influenciados por uma mídia que buscava exclusividade e notícias em primeira mão, ou por informações incertas de fontes não confiáveis.
A equipe jurídica do coronel enfatizou que ele “não compartilhava mensagens de conteúdo político em redes sociais, participava apenas de dois grupos de WhatsApp” e não era ativo nas mídias sociais. Além disso, ele seria reservado em discussões sobre assuntos políticos durante encontros com amigos. O militar, juntamente com Bolsonaro e outros acusados, enfrenta as seguintes acusações: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, gerando considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado.
