24 fevereiro 2025
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Crédito no Brasil Recua 7% em 2024, Aponta Estudo

A demanda por financiamento no Brasil encerrou 2024 com uma queda de 7%, conforme revelado pelo Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). No entanto, registrou-se um aumento de 6% em dezembro, em comparação a novembro do ano anterior. Além disso, o INDC registrou um crescimento de 18% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2023, período em que o índice consolidado teve uma diminuição de 13%, conforme levantamento divulgado pelo Broadcast.

O cenário atual para o crédito ainda é considerado delicado, dado que 2023 apresentou um recuo significativo em comparação a 2022, com a diminuição de 13%. Contudo, as expectativas para o final de 2024 são positivas, segundo a liderança da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech. A queda no indicador em 2024 foi influenciada pela redução na busca por financiamentos no varejo e no setor financeiro, que apresentaram quedas entre 3% e 20%, respectivamente. Apenas o setor de serviços apresentou crescimento, com aumento de 30% no ano passado.

Historicamente, o varejo exerce o maior impacto sobre o INDC, uma vez que abrange categorias essenciais para o dia a dia da população, como supermercados e vestuário. Isso ajuda a explicar a diminuição geral de 7%, mesmo diante de outras categorias com desempenho superior à média. Com a continuidade do bom desempenho dos serviços, que cresceram em todos os meses do ano passado, uma recuperação esperada no varejo pode transformar 2025 em um ano marcante para a oferta de crédito.

O recuo, embora menor que a retração de 13% registrada em 2023, ocorre em meio a condições de crédito restringidas, resultado do aumento da taxa Selic. O juro básico no Brasil ultrapassou a marca de dois dígitos pela primeira vez em fevereiro de 2022, quando passou de 9,25% para 10,75%. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa básica nas últimas três reuniões, fixando a taxa em 13,25% ao ano em janeiro de 2025. Em análise do cenário econômico, destaca-se a instabilidade persistente, acarretada pelo crescimento contínuo das taxas de juros, que impacta diretamente o consumo.

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