Nos últimos anos, o acesso de crianças de até 8 anos a celulares e à internet tem mostrado um aumento significativo, conforme dados do Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação). Em 2015, apenas 3% das crianças de 0 a 2 anos possuíam um celular, enquanto em 2024 esse número subiu para 5%. Para a faixa etária de 3 a 5 anos, essa porcentagem aumentou de 6% para 20%, e entre crianças de 6 a 8 anos, a elevação foi de 18% para 36%. O uso da internet também cresceu consideravelmente, passando de 9% para 44% entre crianças de 0 a 2 anos no mesmo período.
Para crianças de 3 a 5 anos, a taxa de uso da internet subiu de 26% para 71%, e entre aquelas de 6 a 8 anos, o aumento foi de 41% para 82%. No entanto, o uso de computadores por crianças de 3 a 5 anos apresentou uma queda de 26% para 17%, e entre as de 6 a 8 anos, a diminuição foi de 39% para 26%. A pandemia de Covid-19 contribuiu para essa mudança, com muitas atividades sendo migradas para o espaço digital.
Profissionais da saúde recomendam que o acesso a telas por crianças até 2 anos seja limitado e que, para aquelas de 3 a 5 anos, o uso não ultrapasse uma hora diária. Já para crianças entre 6 a 10 anos, o tempo de tela sugerido é de até duas horas por dia. Embora a pesquisa não especifique os tipos de conteúdo consumidos ou a supervisão adulta, sublinha a necessidade de implementar políticas públicas que garantam a segurança e proteção dos jovens usuários da internet.
