Projetos estão sendo considerados para a recontratação de funcionários demitidos da Petrobras e das subsidiárias da Eletrobras.
A Petrobras enfrenta uma situação financeira desafiadora, encerrando o ano de 2024 com um caixa de 46,6 bilhões de reais. Este valor representa o menor montante desde 2019, quando a companhia tinha 33,2 bilhões de reais. A diminuição do caixa foi de 28,6 bilhões de reais, ao mesmo tempo em que a dívida de curto prazo aumentou para 68,7 bilhões de reais, significando um acréscimo de 13 bilhões de reais em comparação a 2023. Essa análise foi feita pelo economista Einar Rivero.
Desde 2003, quando começou o primeiro governo Lula, a Petrobras registrou caixa inferior à dívida de curto prazo em apenas duas ocasiões: em 2019, quando a cobertura foi de 80,9%, e em 2024, que apresentou um índice de 67,8%, inferior ao de 2019. De acordo com Rivero, “manter um caixa superior às obrigações de curto prazo é vital para a saúde financeira de uma empresa. A análise de liquidez, que avalia a capacidade de cumprir compromissos imediatos, é crucial para investidores e credores.” Um índice de liquidez corrente acima de 1 indica que a empresa tem ativos líquidos suficientes para cobrir suas dívidas de curto prazo, sugerindo uma condição financeira saudável. Em contraste, um índice abaixo de 1 pode indicar dificuldades de liquidez, o que poderia exigir financiamento adicional ou a venda de ativos para evitar inadimplências.
Durante uma call de resultados para investidores, realizada em 27 de abril, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a geração de caixa da empresa foi “invejável” em 2024, com uma receita total de 204 bilhões de reais. Ela também destacou que a empresa pagou 270 bilhões de reais em tributos e terminou o ano com a menor dívida financeira dos últimos dez anos.
