O Presidente do Republicanos, Marcos Pereira, enfrenta críticas do pastor Silas Malafaia, que o qualificou de “cretino” por sugerir que a votação do Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar pessoas envolvidas nos eventos de 8 de janeiro, ocorra apenas em 2026. Os deputados Marcelo Crivella, do Republicanos, e Otoni de Paula, do MDB, manifestaram apoio a Pereira, ressaltando a natureza predominantemente partidária do projeto. Crivella defendeu que Pereira não está se opondo à proposta, enquanto Otoni de Paula considerou as críticas de Malafaia injustas e destacou o respeito que Pereira recebe de seus colegas no Congresso Nacional.
A situação se agravou durante uma entrevista de Pereira à CNN, onde ele propôs adiar as discussões sobre a anistia até após as próximas eleições presidenciais, considerando o tema sensível. Pereira mencionou que a bancada do Republicanos, composta por 44 deputados federais, ainda não havia discutido o assunto e expressou a percepção de que há um amplo apoio à proposta, pois muitos colegas acreditam que algumas penas são desproporcionais. Ele sugeriu que o debate sobre a anistia em 2026 deveria ser conduzido sem interferências que possam prejudicar o processo eleitoral e a governabilidade.
A declaração de Pereira gerou uma forte reação de Malafaia, que fez uso de suas redes sociais para criticar o deputado e afirmar que suas ações envergonham a Igreja Universal e a comunidade evangélica. Malafaia argumentou que a posição de Pereira sobre o adiamento da votação representa uma falta de discernimento e sustentou que a experiência política do atual governo, do qual o partido de Pereira faz parte, influencia suas declarações.
Adicionalmente, Malafaia incentivou os políticos do Republicanos a se posicionarem a favor da anistia, em resposta às observações de Pereira. Ele citou figuras proeminentes do partido, como o governador Tarcísio e a ex-ministra Damares, que, segundo ele, são favoráveis à anistia, questionando assim a posição de Pereira dentro da legenda.