Com 92% dos votos contabilizados, o atual presidente do Equador, Daniel Noboa, mantém uma ligeira liderança com 44,31% dos votos, seguido pela candidata Luisa González, que obteve 43,83%. Leonidas Iza, líder indígena, ocupa a terceira posição com 5,26% dos votos. O país se prepara para um segundo turno, programado para o dia 13 de abril, no qual Noboa e González voltarão a se confrontar, repetindo a disputa das eleições extraordinárias de 2023.
A situação no Equador é marcada por uma crescente insegurança, resultado da violência associada ao tráfico de drogas, além de uma crise econômica evidente. A população enfrenta as consequências de uma dívida pública crescente, que resulta em uma taxa de pobreza de 28%. Durante o último ano, o país registrou um alarmante índice de 47 homicídios por 100.000 habitantes, embora esse número tenha caído para 38 após os primeiros 14 meses do governo de Noboa.
Desde o início da apuração dos votos, Noboa manteve-se em silêncio, enquanto González declarou que a diferença entre os candidatos se caracteriza como um “empate técnico”. A candidata ressaltou a resiliência da população equatoriana, afirmando que o país “triunfou” e que sua vitória representa uma força renovada. Simultaneamente, Noboa, confiante em sua popularidade relacionada à política rígida implementada contra o crime, expressou o desejo de “enterrar o correísmo”.
Noboa ascendeu à presidência em 2023, quando o presidente Guillermo Lasso dissolveu o Congresso para evitar um processo de impeachment. Contudo, os resultados das eleições demonstram que Noboa ainda precisa intensificar seus esforços para conquistar a confiança dos eleitores, que enfrentam desafios significativos como a insegurança e a falta de oportunidades de trabalho. A candidata Luisa González, alinhada ao ex-presidente Rafael Correa, busca se tornar a primeira mulher a ser eleita presidente do Equador, destacando os avanços do correísmo nas regiões costeiras e amazônicas.
Por sua vez, Noboa obteve vitória em áreas da região andina, além de várias províncias amazônicas e nas Ilhas Galápagos, evidenciando a divisão política do país e as preferências eleitorais em diferentes regiões.