Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, manifestaram críticas severas a Mauro Cid, que atua como delator na investigação da suposta trama golpista, após o primeiro dia de depoimentos relacionados ao caso. Ao deixarem o prédio onde ocorrem as sessões no Supremo Tribunal Federal, os advogados enfatizaram as contradições apresentadas por Cid e expressaram satisfação, alegando que as inconsistências nas afirmações do delator ficaram evidentes.
Vilardi apontou que, durante o depoimento, Cid demonstrou uma chamada “memória seletiva”, lembrando-se de alguns fatos enquanto se esquecia de outros, principalmente em momentos de contradição. Ele declarou a jornalistas que a defesa considerou o depoimento de Cid positivo, marcando diferenças em suas declarações anteriores. Bueno também reforçou essa ideia, questionando a credibilidade do depoente, dado que suas versões mudam constantemente.
O advogado Vilardi também lamentou que Cid, apesar de suas inconsistências, tenha contribuído para o avanço das investigações. Ele alegou que o delator, em comunicações com um general do Exército, teria mentido deliberadamente, inventando reuniões e se utilizando de uma “memória seletiva” para apresentar suas acusações. Vilardi destacou que este foi o sétimo depoimento de Cid, observando que nenhum deles foi idêntico.
Apesar das defesas feitas pelos advogados, a investigação coletou uma série de provas que, independentemente das declarações do ex-ajudante de ordens, já fornecem elementos suficientes para dar sequência à ação penal em questão.