A defesa do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, argumenta que a delação premiada de Mauro Cid demonstra a inocência do general. Durante a apresentação oral, o advogado Andrew Fernandes Farias citou partes do termo de colaboração em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma que, após as eleições de 2022, Nogueira orientava o então presidente a reconhecer a derrota, manifestando-se “totalmente contra” um golpe de Estado.
O advogado ressaltou que, junto ao general Freire Gomes, comandante do Exército na época, Nogueira expressava preocupação com um grupo de conselheiros considerados “radicais”, que poderiam levar Bolsonaro a tomar decisões irresponsáveis, conforme as declarações de Cid à Polícia Federal. Andrew Farias questionou a compatibilidade entre a acusação de que Nogueira integrava uma organização criminosa e sua postura de aconselhar o presidente a não agir de maneira precipitada. “Como poderia ser parte de um plano golpista se ele defendia a não realização de ações irracionais?”, indagou Farias, destacando que a delação de Cid reforça a inocência do general.