Uma operação realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Corregedoria da Polícia Civil foi iniciada na manhã desta terça-feira (4) para cumprir mandados de busca e apreensão contra um delegado sob suspeita de envolvimento com Antônio Vinícius Gritzbach, que era um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos no ano passado. Esta ação representa mais uma etapa da investigação que analisa tanto a execução do empresário quanto as conexões de agentes de segurança pública com a facção criminosa.
Até o momento, 26 indivíduos foram detidos em relação a este caso, incluindo 17 policiais militares, cinco policiais civis e quatro pessoas associadas ao homem que é considerado um “olheiro” da execução e que, atualmente, está foragido. Investigações preliminares indicam que Gritzbach, poucos dias antes de sua morte, havia denunciado a participação de policiais de São Paulo com membros do PCC. O delator também teria se comprometido a fornecer informações sobre a estrutura organizacional da operação que envolvia a facção criminosa e seus vínculos com os policiais.
O assassinato de Gritzbach ocorreu nas proximidades do Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos. A Polícia Militar relatou que os disparos aconteceram por volta das 16h10 do dia 8 de novembro de 2024. Segundo informações, aproximadamente cinco indivíduos desembarcaram de um veículo preto e realizaram os disparos contra o empresário. Um carro com características semelhantes foi posteriormente encontrado abandonado em uma avenida próxima ao aeroporto.
Imagens do sistema de segurança do aeroporto registraram dois homens saindo de um veículo na área de embarque e desembarque enquanto Gritzbach se preparava para entrar em outro carro. Durante o tiroteio, Gritzbach percebeu o movimento após o primeiro tiro e tentou escalar uma mureta, mas foi atingido pelos disparos.