A demanda global por eletricidade está projetada para superar o consumo total do Japão anualmente até 2027. Segundo um relatório recente da Agência Internacional de Energia (IEA), o crescimento das fontes de energia de baixa emissão de carbono deverá amenizar essa tendência. As economias emergentes e em desenvolvimento são esperadas para responder por 85% do aumento na demanda global, com a China liderando, prevista para contribuir com mais da metade desse crescimento, apresentando uma taxa de aumento de 6% ao ano até 2027.
Desde 2020, a demanda por energia na China tem crescido em um ritmo mais acelerado do que a economia local, em grande parte devido ao setor industrial e à rápida expansão na fabricação de painéis solares, baterias, veículos elétricos e materiais relacionados. Além disso, setores como ar condicionado, data centers e redes 5G também estão impulsionando essa demanda.
A Índia deve contribuir significativamente para a expansão da demanda global por energia, com um impacto estimado de 10% do total, impulsionada por uma economia em crescimento e um aumento rápido no uso de ar condicionado. Também se observa que algumas economias avançadas, como os Estados Unidos, devem reverter a estagnação da demanda anterior, à medida que a eletrificação se expande em setores como transporte, aquecimento e data centers.
De acordo com o relatório da IEA, as fontes de energia de baixa emissão, incluindo renováveis e nuclear, devem acompanhar as tendências de crescimento da demanda global, reduzindo a participação do carvão na matriz elétrica. A previsão é de que a energia solar se torne a segunda maior fonte de baixa emissão até 2027, superada apenas pela hidrelétrica. Além disso, estima-se que o conjunto de fontes renováveis ultrapasse a geração de eletricidade a partir do carvão em 2025, quando a participação desse combustível poluente deverá cair para menos de 33%, marcando a primeira vez em 100 anos que isso ocorrerá.