Um novo grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou a Fortaleza na última sexta-feira, totalizando 111 repatriados, que incluíram homens, mulheres, adolescentes e crianças. Este é o segundo voo de repatriação desde o início do novo governo dos Estados Unidos. Após a chegada em Fortaleza, os deportados foram encaminhados ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, com o apoio da Força Aérea Brasileira. O governo brasileiro preparou a acolhida dos repatriados em Ceará e Minas Gerais, mobilizando equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para atender às necessidades dos deportados em ambos os estados.
As informações divulgadas indicam que os deportados viajaram sob algemas, tanto nas mãos quanto nos pés, e não receberam alimentação durante o voo, que durou aproximadamente 12 horas. Mitchelle Benevides Meira, secretária da Diversidade do Ceará, informou que todos foram posteriormente acolhidos, alimentados e receberam tratamento hospitalar após a chegada ao Brasil. A secretaria de direitos humanos do Ceará confirmou que as algemas foram removidas apenas quando o avião aterrissou.
Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) preparou um plano de assistência para os deportados. Este plano inclui a distribuição de mantas, kits de higiene e alimentos, com o objetivo de garantir uma recepção adequada e um retorno seguro para aqueles que chegam ao estado. A mobilização se destina a proporcionar suporte aos repatriados, assegurando que suas necessidades sejam atendidas.
O voo que trouxe os brasileiros fez uma escala em Porto Rico e enfrentou um atraso de cerca de uma hora. O governo federal brasileiro tem implementado esforços para reduzir o tempo de viagem e a utilização de algemas durante o transporte dos deportados. Embora o uso de algemas seja alvo de críticas, essa prática foi autorizada por um acordo estabelecido entre Brasil e Estados Unidos em 2021.