sexta-feira, fevereiro 7, 2025
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DEPORTADOS DOS EUA CHEGAM A GUANABARA EM VOO HISTÓRICO

A porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou que o primeiro voo com imigrantes deportados do país partiu para Guantánamo no dia 5. Essa ação segue a declaração do presidente Donald Trump, que indicou a base naval em Cuba, conhecida por suas práticas rigorosas contra os chamados inimigos na guerra ao terror, como um local para a detenção de 30 mil imigrantes indocumentados.

De acordo com informações da porta-voz, o voo militar, que teve como destino Guantánamo, transportou entre 9 e 10 indivíduos. Os deportados foram descritos como “estrangeiros criminosos altamente perigosos”, embora não tenham sido divulgados mais detalhes sobre suas identidades ou históricos.

Recentemente, voos militares já foram realizados para deportar centenas de imigrantes diversos para países como México, Guatemala, Peru, Honduras, Colômbia, Brasil e Índia. No entanto, este foi o primeiro voo em direção a Guantánamo, alinhando-se com o desejo de Trump de que o Pentágono e o Departamento de Segurança Interna aumentem a capacidade da instalação para acomodar o número elevado de detidos.

Não foram divulgados os custos relacionados à expansão da base de Guantánamo, que foi criada em 2002 visando a detenção de terroristas estrangeiros, após os ataques terroristas ocorridos em 2001.

O Pentágono informou que há planos para deportar mais de 5 mil estrangeiros que estão sob custódia das autoridades norte-americanas em El Paso, Texas, e San Diego, Califórnia. Apesar de o uso de voos militares ser uma opção, essa abordagem é considerada onerosa para concretizar o que o presidente deseja chamar de “a maior deportação em massa da história do país”. Estima-se que o custo para enviar guatemaltecos de volta ao seu país na semana anterior tenha sido de pelo menos US$ 4.675 por pessoa.

A administração atual está cada vez mais utilizando a força militar como parte de sua estratégia migratória, o que inclui o envio de 2 mil soldados adicionais para a fronteira com o México, a utilização de aeronaves militares para deportações, e a reabertura de bases militares para abrigar os imigrantes antes de suas remoções.

A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos afirmou que não poderia comentar sobre a possibilidade de mulheres, crianças ou famílias serem detidas em Guantánamo, ressaltando que o objetivo não é a detenção indefinida e que todas as ações estariam em conformidade com a lei vigente. A base atualmente conta com uma instalação própria para migrantes, que é distinta da prisão destinada a suspeitos de terrorismo, a qual tem sido utilizada ocasionalmente ao longo das últimas décadas para abrigar haitianos e cubanos interceptados no mar.

Em 2023, a base de Guantánamo enfrentou críticas de um especialista da ONU, que alegou que os detentos da instalação de segurança máxima são submetidos a condições cruéis, desumanas e degradantes, de acordo com o direito internacional. Neste momento, restam 15 pessoas nessa parte da instalação.

Os dois presidentes anteriores de Trump, Barack Obama e Joe Biden, tentaram encerrar as operações de Guantánamo, mas somente conseguiram reduzir sua população de presos. O atual presidente, por sua vez, se comprometeu a mantê-la em funcionamento.

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