O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro teve início na terça-feira, dia 25, e se estenderá até a quarta-feira, 26, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares do PL consideram o processo uma “farsa” e compararam a situação ao “tribunal de Nuremberg”, responsável por julgar os nazistas após a Segunda Guerra Mundial. A opinião de alguns deputados presentes ao julgamento foi de que se trata de um evento político e não de uma avaliação punitiva imparcial, com declarações expressas pelo líder da bancada, Sóstenes Cavalcante, e pelo deputado General Girão.
Na Câmara, a oposição adotou uma estratégia de obstrução parcial, visando dificultar a votação de projetos de lei, embora este procedimento esteja ocorrendo assiduamente nas comissões e não tenha sido estendido ao plenário, uma vez que o presidente da Casa, Hugo Motta, está em viagem ao Japão, deixando Altineu Côrtes na presidência interina. Um grupo de apoiadores de Bolsonaro acompanhou o julgamento no STF, manifestando a crença de que o processo visa apenas sua condenação.
Um dos deputados que foi até a Corte e não conseguiu entrar, Sanderson, descreveu o julgamento como equivalente a um tribunal de Nuremberg e afirmou que os ministros estavam demonstrando excitação, caracterizando o processo como uma farsa. De acordo com a Corte, a entrada de políticos foi permitida após o início da sessão, mas alguns se recusaram a entrar, enquanto outros que aguardavam foram liberados.
Coronel Meira expressou sua indignação em relação ao impedimento de sua entrada, relatando que saiu antes do término da sessão devido à falta de justificativa do STF. Em contraste, o clima entre os parlamentares do PT era de contenção; eles acompanharam parte do julgamento de maneira discreta, enquanto os apoiadores de Bolsonaro utilizavam o plenário da Câmara para manifestar suas opiniões e interagir com deputados petistas.
Bia Kicis descreveu o dia como “sombrio” para a história do Brasil, e Paulo Bilynskyj, presidente da Comissão de Segurança Pública, chamou o ato de “perseguição” a Bolsonaro. O ex-presidente, em uma comparação com uma partida de futebol entre Brasil e Argentina, lamentou que a arbitragem já estivesse prejudicando seu lado antes mesmo do início do jogo.
Os parlamentares do PT defenderam o cumprimento rigoroso do processo legal, garantindo que todos os procedimentos estão sendo seguidos conforme a legislação vigente. Padre João enfatizou a observância das normas processuais para evitar a postergação ou tentativa de anulação do processo. Guilherme Boulos, do PSOL, manifestou-se de forma contundente, afirmando que chegou o momento para os perpetradores de crimes responderem por suas ações no âmbito judicial.