Reeleger Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 representa um desafio significativo para o Partido dos Trabalhadores (PT). Essa opinião foi expressa pelo deputado federal Rui Falcão, que é candidato à nova presidência do partido, a ser definida em julho. Falcão destacoun que a situação atual do partido é complexa, descrevendo-o como uma “casa em ruínas”. O deputado enfatizou a importância de não apenas buscar a reeleição de Lula, mas também de trabalhar na recuperação e reconstrução do partido, além de mobilizar forças para transformar o país.
Rui Falcão, alinhado à corrente mais à esquerda do PT, busca liderar a sigla enquanto defende princípios antissistema, ao mesmo tempo em que adota uma postura pragmática. Em relação ao cenário eleitoral de 2026, ele mencionou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como o candidato mais preparado para representar o partido em São Paulo. Falcão se referiu a uma pesquisa do Datafolha que avaliou Haddad como um potencial candidato ao governo do estado, ressaltando a importância de sua candidatura.
Ao ser questionado sobre a disposição de Haddad para disputar o Palácio dos Bandeirantes, Falcão indicou que essa decisão ainda não está clara e sugeriu que Haddad precisaria ser convencido a entrar na corrida. O deputado acredita que o ministro possui chances de derrotar o atual governador, Tarcísio de Freitas, considerando as disputas internas em torno da sucessão de Lula.
Recentemente, Falcão direcionou uma carta à militância do partido, destacando que a eleição deve ser vista como um meio e não como um fim. Ele afirmou que a intenção do PT é estar no governo para exercer poder e que isso deve ser equilibrado com a necessidade de manter todas as instituições funcionando. No entanto, ele também expressou a visão de que o PT busca transformar essas instituições, enfrentando a percepção popular de que o partido faz parte do sistema ao invés de promover uma alternativa.
Em uma entrevista, Falcão citou várias vezes o artigo 1º da Constituição, que afirma que todo poder emana do povo. Essa citação tem sido utilizada por diversos movimentos, incluindo os de direita, como um protesto contra as instituições. O deputado petista comentou sobre a relevância da iniciativa popular legislativa, enfatizando a necessidade de ampliar a participação cidadã na criação de leis no Brasil.
