A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, iniciou nesta quinta-feira sua visita à Groenlândia, utilizando um navio de inspeção, sendo esta a sua primeira ida ao território desde as declarações de intenção do presidente dos Estados Unidos em relação à aquisição da região. A visita foi realizada em conjunto com o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, que havia se manifestado de forma negativa sobre a visita do vice-presidente americano à região na semana anterior, consideranto-a “altamente agressiva”.
Frederiksen havia realizado sua última visita à Groenlândia em março de 2024, acompanhada pela presidente da Comissão Europeia. Em declarações feitas antes de sua chegada à região, enfatizou que as dificuldades enfrentadas pela Groenlândia são também reflexo da situação enfrentada pelo reino dinamarquês e pela Europa.
A primeira-ministra também salientou a importância da união diante da pressão dos Estados Unidos sobre a Groenlândia em termos de soberania e futuro. Afirmou categoricamente que a Groenlândia pertence aos groenlandeses e que não será tomada pelos EUA, uma mensagem que pretende ser compartilhada durante a estadia.
A recente delegação americana à Groenlândia incluiu não apenas o vice-presidente, mas também outros membros, como sua esposa e o conselheiro de Segurança Nacional. O vice-presidente mencionou, durante uma visita às tropas americanas, que o controle da ilha seria uma estratégia para combater as ameaças representadas por países como China e Rússia, afirmando que a Dinamarca não tem prestado o devido apoio ao povo groenlandês.
O ambiente político durante esta visita é tenso, visto que a nova administração da Groenlândia ainda não tomou posse. O partido de oposição, que venceu as eleições, defende uma desaceleração no processo de independência do território em relação à Dinamarca.
Além disso, surgiram informações de que o governo dos Estados Unidos está avaliando os custos associados à possibilidade de assumir a Groenlândia. Relatórios indicam que a Casa Branca está elaborando estimativas sobre o potencial de receitas dos recursos naturais da região, sugerindo que os EUA poderiam oferecer subsídios consideráveis para assumir o controle, superando os valores atualmente disponibilizados pela Dinamarca.
