A chuva de meteoros Líridas atinge seu pico na madrugada de segunda (21) para terça-feira (22) e pode ser observada do Brasil. Este fenômeno celeste ocorre quando um número elevado de pequenos corpos entra na atmosfera terrestre simultaneamente, resultando em uma série de “estrelas-cadentes”. Os meteoros são fragmentos de asteroides e partículas de cometas que formam trilhas de poeira em órbita ao redor do Sol. Anualmente, a Terra atravessa essas trilhas de detritos, e os fragmentos de poeira e rocha criam visões brilhantes e coloridas no céu ao esquentarem e se desintegrarem na atmosfera.
Os fragmentos da chuva de meteoros Líridas são oriundos do cometa Thatcher, que orbita o Sol. Esta chuva de abril recebeu seu nome devido à constelação de Lyra, que é considerada o radiante da chuva, ou seja, o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir. Para uma melhor visualização, o ideal é observar na madrugada, voltando-se para a direção norte do céu. As Líridas são reconhecidas como uma das chuvas de meteoros mais antigas, com registros em textos históricos chineses datando de mais de 2.500 anos.
Para observar uma chuva de meteoros, busca-se por locais muito escuros, pois até mesmo a luz da Lua pode interferir na visualização. Frequentemente, esses fenômenos não necessitam de equipamentos como telescópios ou binóculos. Entretanto, é importante destacar que a visibilidade pode ser impactada se a Lua estiver cheia ou quase cheia, dependendo da fase lunar.
Para uma experiência de observação aprimorada, recomenda-se encontrar um céu claro e sem nuvens, além de um local isolado, longe das luzes urbanas. Após chegar ao local de observação, os olhos podem necessitar de 15 a 20 minutos para se adaptarem à escuridão. Aconselha-se levar um cobertor ou uma cadeira confortável, uma vez que a observação de meteoros requer um tempo de espera. Após se acomodar, deite-se e olhe para o céu; um mapa interativo pode ser útil para localizar a direção do radiante. Quanto mais alto o radiante estiver no céu, maior a probabilidade de se avistar meteoros, que podem ser visíveis em qualquer parte do céu.
