24 abril 2025
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Descubra o Mistério da Fumaça do Vaticano na Eleição Papal

Durante séculos, o processo de escolha dos líderes da Igreja Católica Romana ocorreu no Vaticano por meio de encontros denominados conclaves. Essas votações são totalmente restritas e mantêm seu sigilo. A Capela Sistina, local onde a eleição acontece, é inspecionada para a detecção de câmeras e microfones ocultos, e os cardeais são proibidos de discutir os procedimentos com pessoas externas ao conclave. Qualquer violação a essa regra pode resultar em excomunhão. O acesso à Capela Sistina não é permitido, mas os fiéis e os jornalistas acompanham o desfecho do processo pela cor da fumaça que sai da chaminé do Vaticano.

A maioria dos cardeais brasileiros que têm direito a voto no conclave já se encontra em Roma. O processo de votação ocorre duas vezes ao dia, e as cédulas são incineradas após cada votação. No caso de ninguém ser escolhido, as cédulas são queimadas com um agente químico que produz fumaça negra. Por outro lado, se a fumaça que sair for branca, isso indica que um novo papa foi eleito, gerando festividade entre os milhares de fiéis que aguardam o resultado no Vaticano. Tradicionalmente, cerca de 30 a 60 minutos após a liberação da fumaça branca, o novo papa se apresenta à multidão da Praça de São Pedro, onde faz uma breve declaração e uma oração. A formalização do cargo se dá alguns dias após a eleição.

O Vaticano expôs os detalhes da produção da fumaça que indica a eleição de um novo papa. Durante o conclave de 2005, que resultou na escolha do Papa Bento XVI, as emissões de fumaça apresentaram diferentes tonalidades de cinza, causando confusão. No conclave de 2013, que elegeu Jorge Bergoglio como Papa Francisco, as duas emissões foram de fumaça negra, esclarecendo que os cardeais não haviam elegido um novo pontífice. Para a fumaça preta, utiliza-se uma mistura de perclorato de potássio, enxofre e antraceno. Já a fumaça branca, que anuncia a eleição do novo papa, é feita com clorato de potássio, lactose e uma resina de pinheiro.

Existem dois fogões na Capela Sistina, ambos conectados a uma única chaminé de cobre. O primeiro fogão, de ferro fundido, é utilizado para incinerar as cédulas de votação e tem sido empregado desde 1939. O segundo fogão é elétrico e, ao ser ativado, acende cargas eletrônicas que produzem fumaça branca ou preta por aproximadamente sete minutos. A chaminé é pré-aquecida com ajuda elétrica e um ventilador para otimizar a exibição da fumaça.

No conclave de 2005, o grande sino da Basílica de São Pedro deveria tocar simultaneamente ao surgimento da fumaça branca, como forma de confirmar a eleição do novo papa. No entanto, o responsável por acionar o sino hesitou por cerca de 15 minutos, aguardando a confirmação de um superior, o que gerou uma situação de expectativa e confusão. Um relato sobre a ocasião indicou que a decisão de um guarda suíço e a incerteza sobre a veracidade da informação foram causas para a demora na comunicação da eleição.

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