O índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou uma queda considerável, atingindo 24%, conforme dados da pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14). Essa diminuição representa uma queda de 11 pontos percentuais em um período de dois meses, levando a administração Lula à posição de menor aprovação em seus três mandatos.
Um dos fatores que contribuiu para essa situação foi o aumento nos preços dos alimentos. Em 2024, a inflação dos alimentos chegou a 7,69%, em contraste com a inflação geral, que foi de 4,83% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa disparidade nos números tem gerado preocupação entre os consumidores e refletido na imagem do governo.
Além disso, a crise na comunicação do governo tem sido crítica. As declarações do presidente têm circulado negativamente nas redes sociais, resultando em uma percepção desfavorável. A recente troca no comando da Secretaria de Comunicação Social, com a nomeação de Sidônio Palmeira para substituir Paulo Pimenta, ainda não produziu os resultados esperados. Para tentar reverter essa imagem, a administração tem investido em viagens por todo o país e anúncios de obras, embora a falta de um grupo de assessores próximos ao presidente esteja dificultando uma comunicação mais eficaz.
A desvalorização do real, acompanhada pela alta do dólar, também se tornou um tema recorrente nas conversas dos brasileiros. Em dezembro de 2024, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$ 6,20, embora após alguma estabilização, seu valor tenha voltado a girar em torno de R$ 5,70. As incertezas relacionadas a essa flutuação ainda permanecem, refletindo a instabilidade econômica.
Adicionalmente, a ausência de novas iniciativas marcantes na gestão tem sido notada. Um dos projetos mais esperados, o programa Pé-de-Meia, enfrentou dificuldades no Tribunal de Contas da União (TCU), tornando-se alvo de críticas por parte da oposição. O governo busca implementar novas iniciativas, como o Farmácia Popular, que agora oferece medicamentos gratuitos, além de ações voltadas à distribuição de gás.
Por fim, polêmicas em torno do monitoramento do Pix e a discussão sobre a possível taxação desse sistema de pagamentos contribuem para um cenário desafiador. A oposição tem explorado essas questões, intensificando ataques ao governo e alimentando a desconfiança pública em relação à administração atual.