12 fevereiro 2025
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Desperdício de Recursos Públicos: Um Espetáculo de Irregularidades!

Muitos cidadãos brasileiros têm recordações do Roosevelt Hotel, um grande edifício com mais de mil quartos localizado em Manhattan, que, embora não possua uma estética atraente, é conhecido por sua localização privilegiada na Rua 45. Recentemente, quatro funcionários públicos foram dispensados após revelações de que estavam utilizando verbas públicas para pagar diárias no Roosevelt e em outros hotéis para imigrantes clandestinos, um ato considerado desperdício de recursos públicos, similar ao que ocorreu com a Usaid, a agência de ajuda externa que está em processo de fechamento.

Os valores gastos em hospedagens não são insignificantes. Um dos últimos pagamentos reportados foi de 59 milhões de dólares, quantia substancial independentemente do contexto, especialmente para padrões americanos. Este cenário é ainda mais grave considerando que muitas pessoas desabrigadas devido ao furacão Helene na região sul dos Estados Unidos, assim como os afetados pelos incêndios em Los Angeles, continuam precisando de assistência.

“O dinheiro destinado às vítimas de desastres está sendo mal utilizado em hotéis luxuosos para imigrantes ilegais”, afirmou o empresário Elon Musk. Musk, um dos homens mais ricos do mundo, se envolveu ativamente na missão de combater desperdícios de recursos públicos, uma iniciativa apoiada por Donald Trump. Essa colaboração incluiu até uma aparição em conjunto no Salão Oval, onde Musk participou ao lado de Trump enquanto seu filho observava ao fundo.

Neste contexto, a sede da Usaid foi efetivamente encerrada, levando ex-colaboradores a realizarem protestos e a colocarem flores em memória da agência. No debate sobre o uso de verbas, Musk e sua equipe, composta por jovens programadores dedicados a identificar gastos injustificáveis, encontram-se em desacordo com uma expressiva quantidade de pessoas que ainda acreditam na manutenção das ajudas para países em desenvolvimento. De acordo com uma pesquisa da Prolific, 49% dos entrevistados não apoiam a interrupção da assistência, enquanto 33% a favoram.

Os cidadãos americanos tradicionalmente se envolvem em práticas filantrópicas voltadas para ajudar os necessitados, com a Usaid sendo responsável por aproximadamente 40% da ajuda humanitária global. Contudo, muitos também percebem que, além de alimentos e medicamentos, a agência promove uma ideologia considerada “woke”. A senadora republicana Joni Ernst compartilhou, em uma publicação, que a agência evitou transparentizar o destino de algumas verbas destinadas à Ucrânia. Ao ter acesso aos dados por um dia, em uma sala fechada, ela constatou que a Usaid financiava viagens de modelos e estilistas para desfiles em cidades como Nova York, Londres e Paris.

Ainda que os ucranianos necessitem de suporte em diversas áreas, incluindo a profissionalização da imprensa, a promoção de semanas de moda para o país pode incentivar a percepção de que os cidadãos americanos estão sendo enganados, comprometendo a seriedade da assistência numa questão tão relevante como a soberania nacional.

Outro senador, John Kennedy, mencionou um uso ainda mais questionável das verbas, com 7,9 milhões de dólares sendo direcionados para capacitar jornalistas do Sri Lanka a evitarem a utilização de uma linguagem binária. Esse investimento levanta questionamentos sobre possíveis influências ideológicas na promoção de termos como “todes”.

Ainda existem investigações em andamento sobre a Usaid, particularmente no que se refere à destinação de recursos a organizações palestinas que apoiam a violência. O senador Ted Cruz fez declarações alarmantes acerca de um relatório que aponta para distorções no financiamento da agência, sugerindo que a Usaid transferiu centenas de milhões de dólares para o Hamas, contribuindo assim para a realização de ataques e a continuidade do conflito contra Israel.

Essas alegações, que parecem surpreendentes, são mencionadas em uma reportagem de um veículo de comunicação que conta com uma fonte do Departamento de Estado. Essa fonte indicou que Samantha Powers, a ex-diretora da Usaid, estava em desacordo com os objetivos da diplomacia do governo Biden, buscando interferir na política externa americana e suspendendo a ajuda militar a Israel. A agência, estabelecida em 1961 por John Kennedy com o intuito de ajudar os mais necessitados e promover a imagem dos Estados Unidos, passou por uma transformação e agora é criticada por desviar-se de suas próprias diretrizes, contribuindo financeiramente para o Hamas.

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