Milhares de pessoas realizaram manifestações ao redor do mundo no último sábado (8), em celebração ao Dia Internacional da Mulher, data reconhecida anualmente. A origem dessa comemoração está vinculada às lutas das mulheres por igualdade de direitos, condições de trabalho dignas e reconhecimento na sociedade.
Em Paris, um grande número de mulheres tomou as ruas para pleitear melhorias nos direitos femininos. Portando cartazes coloridos, as manifestantes se concentraram na praça Place de la République e seguiram em direção à Place de la Nation, demonstrando apoio também à figura de Gisèle Pelicot, de 72 anos, que se tornou um símbolo de coragem e resiliência durante o julgamento de seu ex-marido e de outros co-réus em um caso de estupro que ganhou repercussão mundial.
Na Alemanha, mais de dez mil pessoas se reuniram em Berlim para marcar o Dia Internacional da Mulher, que é considerado um feriado público no país. As manifestações em Berlim foram parte de uma onda global de protestos em defesa dos direitos das mulheres. Em Madri, manifestantes, vestidos predominantemente de roxo, expressaram preocupação com a reversão de direitos femininos e enfatizaram a importância da vigilância e de ações contínuas para proteger a igualdade de gênero.
Com tambores e canções, os manifestantes enfrentaram forte chuva na Espanha, marchando da estação de trem de Atocha até a Plaza de España. Na Itália, a icônica Fontana di Trevi em Roma se transformou em um cenário para um espetáculo de luzes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A instalação foi pensada para inspirar a reflexão sobre os direitos e a representação feminina, simbolizando a luta contínua pela igualdade de gênero.
Nos Estados Unidos, centenas de pessoas se reuniram em Manhattan para protestar contra ameaças aos direitos das mulheres e outras liberdades civis. Com faixas e slogans, os manifestantes percorreram a cidade, terminando sua marcha na Union Square. Na América do Sul, diversas manifestações ocorreram em países como Bolívia, México, Chile e Argentina, pedindo o fim da violência de gênero em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Na capital boliviana, La Paz, grupos feministas e sindicatos de mulheres marcharam até o centro, fazendo uma parada em frente ao Ministério da Justiça para exigir ações concretas no combate a crimes de gênero.