A reeleição de Dilma Rousseff para o cargo de presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do Brics, com sede em Xangai, China, foi confirmada durante o Fórum de Desenvolvimento da China 2025, realizado em Pequim. A decisão do conselho da instituição, que ocorreu de forma unânime, garante sua liderança por mais cinco anos. A indicação de Rousseff foi feita pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em colaboração com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante seu primeiro mandato, Rousseff esteve ativamente envolvida no fortalecimento das relações entre Brasil e China, um esforço que se intensificou após a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em novembro do ano anterior. Ao assumir a liderança do banco em março de 2023, ela enfrentou desafios significativos, mas sua gestão conseguiu restabelecer a capacidade de captação de empréstimos da instituição. Rousseff enfatizou a relevância do banco para o financiamento de projetos estruturais em países emergentes.
No Fórum, a ex-presidente reiterou o interesse da China na construção da ferrovia transoceânica, um projeto que tem potencial para otimizar o escoamento da produção agrícola brasileira através do Oceano Pacífico, resultando na redução de custos logísticos e ampliação do acesso ao mercado asiático. Apesar de algumas conquistas, Rousseff também enfrentou críticas relacionadas a gestão, incluindo relatos de assédio moral e demissões, além de atrasos em metas estabelecidas. Ela argumentou que a realização de parcerias de longo prazo é um processo que demanda tempo, ressaltando a complexidade dos projetos em execução.
