O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, salientou a relevância da diplomacia na resolução de conflitos e guerras, durante a abertura da reunião de ministros de Relações Exteriores do Brics, que ocorreu no Rio de Janeiro. Ele ressaltou a necessidade de os países do Brics se unirem em busca de soluções pacíficas para as tensões regionais que impactam várias nações. Vieira enfatizou a urgência de uma abordagem diplomática no que se refere ao conflito na Ucrânia, que tem causado sérias consequências humanitárias. Para isso, foi mencionada a criação do Grupo de Amigos da Paz, incluindo Brasil e China, com a finalidade de promover a paz na região. O encontro também visa preparar as posições dos países para a cúpula de líderes prevista para julho. O ministro sublinhou que o Brics desempenha um papel crucial na promoção da paz e da estabilidade global, defendendo que o processo de construção da paz deve ser colaborativo, em vez de agradável.
Adicionalmente, Vieira falou sobre a situação nos territórios palestinos, condenando os ataques israelenses em Gaza e pedindo um esforço conjunto para estabelecer um cessar-fogo duradouro. O Brasil ressaltou seu apoio à solução de dois Estados, que inclui a criação de um Estado da Palestina independente. O ministro também mencionou a grave situação no Haiti e as tensões em diversas outras partes do mundo, defendendo que a assistência humanitária deve ser acessível a todos, sem restrições. Ele argumentou que o Brics deve se posicionar como uma força positiva, contribuindo para um mundo multipolar.
O Brics, que agora conta com 11 países, atua como um espaço de articulação política e diplomática do Sul Global. Em 2023, o grupo ampliou sua composição, representando 39% da economia mundial e 48,5% da população global. Durante sua presidência temporária, o Brasil prioriza a cooperação entre as nações do Sul Global.