A política francesa Marine Le Pen, líder do partido Reagrupamento Nacional (RN), foi condenada a quatro anos de prisão e a cinco anos de inelegibilidade por desvio de fundos públicos durante seu tempo como deputada. A decisão judicial representa um desafio significativo em sua trajetória política, especialmente às vésperas das próximas eleições presidenciais, previstas para 2027. Le Pen e seu partido foram acusados de utilizar recursos do Parlamento Europeu para remunerar funcionários entre 2004 e 2016.
Em resposta à condenação, o partido RN organizou uma manifestação em Paris, marcada para às 13H00 GMT (10h00 em Brasília), nas imediações do Les Invalides, local que abriga o túmulo de Napoleão. A inelegibilidade imediata, resultante da condenação, coloca em risco suas aspirações para uma futura candidatura presidencial, especialmente após as derrotas que enfrentou nas eleições de 2017 e 2022 contra Emmanuel Macron.
Durante um discurso por videoconferência, Le Pen reiterou sua inocência e destacou que irá contestar a decisão judicial de maneira “democrática” e “pacífica”. Em sua fala, ela citou o exemplo do reverendo Martin Luther King Jr., argumentando que a situação atual envolve a defesa dos direitos civis dos franceses.
Além da manifestação do RN, ocorrerão outros protestos em Paris. Um deles é organizado pelo partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI) e por ativistas ambientalistas, a ser realizado na Place de la République. Outro evento, já planejado anteriormente, terá lugar em Saint-Denis, ao norte da capital, promovido pelo partido centrista Renascença, que está alinhado ao atual governo.
