O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) por quase cinco horas na quinta-feira, dia 17 de agosto. Corrêa chegou à sede da PF em Brasília por volta das 15h e concluiu seu depoimento às 20h. Na mesma data, o ex-diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, também se apresentou para depor. Fontes indicam que o depoimento de Moretti estava na fase final por volta das 20h40.
Ambos os diretores foram convocados na última terça-feira, dia 15, para prestar esclarecimentos em uma investigação que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal durante a administração de Jair Bolsonaro, conhecido como Abin Paralela. Para evitar qualquer influência nas declarações, os depoimentos ocorreram simultaneamente.
Os investigadores questionaram Corrêa e Moretti sobre a possível interferência da gestão da Abin nas investigações relacionadas ao esquema ilegal. Além disso, ambos foram interrogados sobre a suposta espionagem realizada por agentes da Abin contra autoridades do Paraguai, especialmente durante as negociações referentes às tarifas da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A expectativa é que a investigação, que teve início em 2023, seja concluída até o final deste mês.