A demissão de Ronen Bar, atual chefe do serviço de inteligência doméstica de Israel, foi aprovada por unanimidade em uma reunião que durou três horas e meia. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que Bar continuará no cargo até o dia 10 de abril. A decisão ocorreu após três dias de intensos protestos.
As razões para a demissão de Bar vão além de questões de segurança, envolvendo também um contexto político conturbado. Durante sua gestão, a Shin Bet apresentou denúncias que acusavam Netanyahu de corrupção, incluindo supostos envolvimentos em negociações com o Qatar que envolveriam pagamentos de grandes quantias. Netanyahu, por sua vez, afirmou que a demissão não tem vínculos políticos, mas é uma medida necessária para a segurança do país.
A instabilidade em Israel é intensificada por protestos de familiares de reféns, que criticam a abordagem do governo em relação ao conflito com o Hamas. Estas famílias expressam preocupação pela segurança das 24 pessoas que ainda estão sob custódia do grupo terrorista. Essa situação levanta discussões sobre a possibilidade de um novo cessar-fogo, similar ao que foi estabelecido entre janeiro e março, destinado a facilitar a repatriação de reféns e corpos.