Apesar da reprovação das contas do Corinthians referentes ao ano de 2024, o diretor cultural do clube, Raul Corrêa, defendeu a gestão atual e destacou que os dados apresentados são positivos. Durante uma reunião do Conselho Deliberativo, Raul mencionou a necessidade de melhorar a comunicação entre a administração e os órgãos competentes, afirmando que as informações financeiras do Corinthians devem ser divulgadas mensalmente, sem ocultações, evidenciando a solidez dos números.
O valor total da dívida, segundo Raul Corrêa, é de R$ 1,2 bilhão, excluindo a Arena. Apesar de suas defesas, a maioria dos conselheiros optou, em votação, pela reprovação das contas do primeiro ano da gestão de Augusto Melo. A votação, realizada na sede social do clube no Tatuapé, resultou em 130 votos contra a aprovação, 73 favoráveis e 15 abstenções. O relatório financeiro, que continha 57 páginas, foi a base para essa decisão.
Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, também se pronunciou após a reprovação das contas, explicando que o processo será conduzido com rigor em relação à legislação e aos estatutos do clube. Ele informou que ambos os pareceres foram unânimes na reprovação, citando diversas irregularidades identificadas pelos órgãos de fiscalização. Ele reconheceu a existência de conflitos legais entre o estatuto do clube e a legislação atual, incluindo a nova Lei Geral do Esporte, e destacou a importância de examinar cuidadosamente as análises dos conselhos fiscal e do CORI para determinar os próximos passos, sempre visando a segurança jurídica do clube.
A principal preocupação levantada refere-se ao aumento do passivo da dívida em R$ 829 milhões apenas no primeiro ano da gestão de Augusto Melo. Durante esse período, a dívida total do Corinthians cresceu em R$ 600 milhões. A nova diretoria argumenta que cerca de metade desse valor é atribuída a juros decorrentes de gestões anteriores.