A COP30 será realizada em Belém, capital do Pará, de 10 a 21 de novembro, destacando o Brasil como um líder na pauta climática global. Este evento reunirá líderes mundiais na Amazônia para discutir novas iniciativas voltadas ao combate ao aquecimento global e suas consequências. A posição do Brasil é ainda mais significativa, pois o país abriga a maior área de florestas tropicais do mundo, com a Amazônia exercendo uma influência crucial sobre o clima global.
A Amazônia desempenha um papel vital no clima mundial ao funcionar como um importante reservatório de carbono, armazenando grandes quantidades desse gás em suas plantas. De acordo com especialistas, a vegetação amazônica contribui para a regulação climática, já que as chuvas oriundas dessa região se dispersam para outras partes do Brasil e países vizinhos. Sem a presença da floresta, projeções indicam que a temperatura global poderia aumentar ainda mais, evidenciando a Amazônia como um regulador climático.
Além de sua função de reserva de carbono, a Amazônia é descrita como um “pulmão do mundo”, absorvendo dióxido de carbono e liberando oxigênio. A vegetação também gera fenômenos conhecidos como “rios voadores”, que transportam vapor d’água para outras regiões, assegurando um ciclo hídrico vital para o Brasil e partes da América do Sul. Entretanto, essa importância traz consigo uma responsabilidade significativa, uma vez que a degradação faz com que territórios e ecossistemas sofram.
O desmatamento na Amazônia é uma questão que gera preocupações constantes e críticas, não apenas relacionada à floresta em si, mas também ao Cerrado e a outros biomas do Brasil. É fundamental que o país enfrente esses desafios, especialmente considerando os altos níveis de desmatamento.
O Brasil se destaca ainda por sua matriz energética, que é majoritariamente limpa, em um cenário global que demanda uma rápida transição para fontes de energia sustentáveis. Apesar disso, o Brasil ocupa a sexta posição entre os maiores emissores de gases de efeito estufa. Essa posição é atribuída principalmente às emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis, das queimadas e da pecuária.
Apesar do potencial do país em adotar uma economia de baixo carbono, ainda existem desafios significativos. O governo brasileiro continua a explorar e a exportar combustíveis fósseis, o que contraria as metas globais de sustentabilidade e agrava a questão climática. Assim, a dualidade entre a riqueza ambiental do Brasil e os compromissos climáticos em disputa representa um ponto crítico na agenda climática mundial.