Em um dia marcado por decisões importantes no noticiário, o dólar encerrou a jornada com uma queda de 0,50%, sendo cotado a 5,66 reais. O Ibovespa, por sua vez, registrou uma baixa de 0,25% ao final do pregão, alcançando 138.533 pontos. Os mercados estavam atentos a novas informações sobre a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao aumento de impostos anunciado pelo governo de forma definitiva.
Internacionalmente, houve um alívio no clima após a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que suspendeu parte das tarifas impostas por Trump, informando uma alegação de abuso de poder. A corte federal determinou que as tarifas não podem ser aplicadas indiscriminadamente, incluindo as que se referem à China. Entretanto, tarifas sobre setores específicos, como o aço, permanecem em vigor devido a regulamentações jurídicas específicas.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos também foram divulgados. O PIB real recuou 0,2% em ritmo anual entre janeiro e março de 2025, após um crescimento de 2,4% no final do ano anterior. Essa queda é atribuída ao aumento nas importações e à diminuição dos gastos governamentais. Os mercados estão monitorando a saúde da economia americana, com a expectativa de que o crescimento ocorra sem comprometer a inflação, possibilitando uma política monetária mais flexível.
No cenário internacional, a Nvidia comunicou seus resultados do primeiro trimestre de 2025. A companhia alcançou 44,1 bilhões de dólares em vendas, mesmo enfrentando restrições do governo Trump em relação à venda dos chips modelo “H20” para a China. Como resultado, as ações da fabricante de chips tiveram uma alta de 3,25% no dia.
No contexto brasileiro, a questão do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua a ser um tema central, especialmente com as mudanças de posição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na noite anterior, ele decidiu não revogar o aumento do IOF após uma reunião com os presidentes da Câmara e do Senado. Haddad ressaltou que a revogação da medida deixaria o governo com “poucas alternativas” para equilibrar as contas públicas em 2025.
Outro indicador importante foi a taxa de desemprego no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre de fevereiro a abril de 2025, equivalente a 7,3 milhões de pessoas. Esse resultado representa uma redução de 0,9 ponto percentual em relação aos 7,5% registrados no mesmo período do ano anterior. À medida que a economia mostra sinais de recuperação, os investidores consideram as implicações para a inflação, que afetam a política monetária do Banco Central.