25 abril 2025
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Dólar em Queda pela 5ª Semana, Enquanto Ibovespa Atinge Máximo desde Setembro de 2024

Em meio à expectativa de diminuição das tensões na guerra comercial, o dólar à vista fechou a sessão do dia 24 de março com uma desvalorização de 0,49%, cotado a R$ 5,69. O índice da B3, por sua vez, alcançou os 134.580,43 pontos.

A desvalorização do dólar foi observada pelo quinto dia consecutivo, resultando em uma perda acumulada de 1,94% em relação ao real ao longo da semana. A moeda americana encerrou o dia com mínima registrada a R$ 5,6634. Essa tendência de queda ocorre no contexto de um otimismo crescente sobre a possibilidade de um arrefecimento nas disputas comerciais, além dos estímulos monetários recentes implementados pelo governo chinês.

A percepção do mercado é que o tom do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem se tornado menos combativo, especialmente após sua sugestão de redução nas tarifas de importação da China, que atualmente se encontram em 145%. Embora as autoridades chinesas tenham negado conversações com os EUA, Trump afirmou ter realizado reuniões durante a manhã, mencionando que as tarifas comerciais poderiam ser revistas em um período de duas a três semanas.

O Banco Central do Brasil, representado pelo diretor de Política Econômica, destacou a moderação da atividade econômica como um fator crucial para que a inflação se CONVERJA para a meta. Também foi mencionado que o hiato do produto deverá passar de positivo a negativo dentro de um horizonte de 18 meses. Durante um evento em Washington, o diretor de Assuntos Internacionais ressaltou que a expectativa do Copom para uma redução na taxa Selic em maio continuará com uma magnitude menor em comparação com o aumento de 1 ponto percentual registrado em março.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, recuou cerca de 0,60% ao final da tarde, movimentando-se próximo aos 99,240 pontos. Dentre as divisas que compõem o mercado, notou-se uma valorização dos pesos colombiano e chileno.

No segmento de ações, o Ibovespa registrou um fechamento significativo ao alcançar o maior patamar desde 17 de setembro de 2024, com uma alta de 1,79%, totalizando 134.580,43 pontos. Este movimento positivo foi impulsionado pela crescente disposição ao risco em nível global e pela diminuição na curva de juros interna. Três fatores principais contribuíram para essa alta: a reunião entre Estados Unidos e China mencionada por Trump, as expectativas de estímulos adicionais da economia chinesa, e a postura mais branda do diretor de Política Econômica do Banco Central.

O otimismo ganhou força após comentários de Guillen sobre a importância da moderação da atividade econômica para o controle da inflação. Como consequência, os juros futuros sofreram queda em torno de 20 pontos-base, especialmente em vértices intermediários e longos, favorecendo ações de empresas cíclicas, como Hypera, Magazine Luiza e Petz.

Além disso, o governo chinês anunciou a implementação de novas medidas para fortalecer o comércio exterior diante das tarifas americanas, com o banco central PBoC decidindo injetar 600 bilhões de yuans (cerca de US$ 82,34 bilhões) em liquidez. No entanto, o desempenho do Ibovespa poderia ter sido ainda mais positivo se não fosse a desvalorização das ações da Petrobras, que recuaram 0,46% e 0,73%.

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