O governo dos Estados Unidos anunciou a suspensão temporária de tarifas sobre produtos eletrônicos importados, o que impactou diretamente o mercado financeiro. O dólar encerrou o pregão do dia 14 de outubro cotado a R$ 5,851, em uma trajetória de queda, após a divulgação dessa decisão. Este movimento trouxe alívio para os mercados internacionais e beneficiou moedas de países emergentes, como o real. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a R$ 5,82, mas apresentou oscilações, subindo novamente no início da tarde antes de retornar à sua tendência de baixa. No acumulado do mês, o dólar vê um aumento de 2,56%, embora tenha recuado 5,32% ao longo do ano.
Graças à melhora do cenário internacional, o mercado de ações brasileiro também teve um desempenho positivo. O Ibovespa, principal índice da B3, registrou uma alta de 1,39%, fechando aos 129.454 pontos, o nível mais alto desde 3 de abril. Empresas do setor de tecnologia nos Estados Unidos lideraram os ganhos, impactando favoravelmente os mercados globais.
A decisão de suspender tarifas, que podem chegar a 145% sobre produtos importados da China, foi bem recebida por investidores. Porém, o presidente Donald Trump indicou a possibilidade de novas tarifas sobre semicondutores nos próximos dias, o que gera incertezas contínuas no comércio internacional.
Embora essa suspensão traga um alívio temporário, especialistas destacam que o ambiente financeiro permanece volátil. A redução das tarifas ajuda a dissipar preocupações sobre uma desaceleração econômica global, com foco especial na China, que é a maior consumidora de commodities. Essa situação acabou promovendo uma alta nos preços de commodities, como petróleo e minério de ferro, beneficiando países exportadores, entre eles o Brasil.
Adicionalmente, o índice DXY, que avalia o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, caiu para o nível mais baixo desde abril de 2022. Esse movimento foi alimentado pela valorização do euro e da libra esterlina, refletindo uma percepção de maior estabilidade na Europa. No Brasil, os dados econômicos locais tiveram pouco impacto nas operações do mercado. A balança comercial brasileira reportou um superávit de US$ 1,595 bilhão na segunda semana de abril, atingindo um saldo de US$ 3,189 bilhões no mês e US$ 13,171 bilhões no acumulado do ano.