No início da tarde, o dólar à vista atingiu a marca de R$ 5,6875, encerrando a quarta-feira (30) a R$ 5,6766. Apesar do pequeno aumento, a moeda ainda apresenta uma queda de 0,20% na semana e uma perda de 0,50% no mês de abril.
Após uma sequência de oito pregões com quedas consecutivas que resultaram em uma desvalorização acumulada de 4,40%, o dólar subiu neste dia, mas permaneceu abaixo de R$ 5,70. Informações sobre a atividade econômica mais fraca na China e nos Estados Unidos impactaram negativamente os preços das commodities, afetando principalmente as moedas de países emergentes, especialmente na América Latina. Assim, o dólar à vista fechou com uma alta de 0,82%, mesmo com a desvalorização prevista.
Embora tenha registrado alta nesta quarta, a moeda americana apresenta um recuo de 0,20% durante a semana e uma perda de 0,50% até agora em abril. No acumulado do ano, o dólar já mostra uma desvalorização de 8,15%. O índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, teve uma leve alta de cerca de 0,30% no final da tarde, alcançando aproximadamente 99,600 pontos, após uma máxima de 99,648 pontos. Entre as moedas latino-americanas, o peso colombiano foi o que mais se desvalorizou, seguido pelo real brasileiro.
Os dados da primeira leitura do PIB americano para o primeiro trimestre indicaram uma queda de 0,3%. O relatório ADP, que analisa o setor privado, mostrou a criação de apenas 62 mil empregos em abril, um número significativamente menor do que as previsões, que eram de 134 mil. O relatório oficial de emprego referente a março será divulgado na próxima sexta-feira, dia 2.
Analistas destacaram que a contração do PIB dos Estados Unidos foi, em grande parte, impulsionada pelo aumento das importações, devido à antecipação de compras antes da imposição de tarifas recíprocas pelo governo Trump, além de cortes nos gastos públicos. Embora a demanda interna ainda apresente sinais de robustez, aumentam as preocupações com a possibilidade de a política comercial de Trump levar o país a uma recessão, acompanhada de uma inflação temporária elevada.
Na tarde desta quarta, Trump comentou que a China enfrenta grandes dificuldades econômicas e reforçou a necessidade de um acordo justo com o país asiático. Quando interrogado sobre uma possível conversa com o líder chinês, Xi Jinping, afirmou que “isso vai acontecer”.