A moeda americana, com mínima em R$ 5,6959, registrou uma alta de 0,29%. Após uma queda de 5,56% em janeiro, o dólar acumulou uma diminuição de 2,13% em fevereiro, resultando em uma desvalorização total de 7,57% em 2025.
Na manhã de hoje, o dólar desacelerou seus ganhos em relação ao real, enquanto o Ibovespa apresentava alta. O real não acompanhou o desempenho positivo da bolsa e do mercado de juros futuros, em meio a especulações sobre a corrida presidencial de 2026, especialmente após a recentíssima queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme revelado por pesquisas.
O pregão ocorreu em um cenário de liquidez reduzida, já que as bolsas de Nova York estavam fechadas devido a um feriado nos Estados Unidos. O dólar apresentou uma leve alta em relação ao real, seguindo a tendência de sua valorização no mercado externo. Os operadores indicaram que o dia foi marcado por ajustes técnicos e realização de lucros, após o aparente fortalecimento da divisa brasileira nos últimos dias.
No início das negociações, o dólar chegou a ultrapassar os R$ 5,72, atingindo uma máxima de R$ 5,7222, mas logo desacelerou seus ganhos à medida que o Ibovespa subia e os juros futuros caíam, influenciados pelo que se denomina “trade eleitoral”.
O dólar à vista fechou em R$ 5,7125, após atingir a mínima de R$ 5,6959, representando uma alta de 0,29%. Depois de uma queda de 5,56% em janeiro, a moeda já estava apresentando uma queda de 2,13% em fevereiro, consolidando uma desvalorização de 7,57% em 2025. O real se destaca como a segunda moeda com melhor desempenho no ano, superada apenas pelo rublo russo.
De acordo com uma pesquisa do Datafolha, a aprovação do presidente Lula caiu de 35% em dezembro de 2024 para 24%, enquanto a desaprovação subiu de 34% para 41%. Esses números representam os piores índices de popularidade do petista em seus três mandatos, conforme o histórico do Datafolha. Além disso, surgiram informações de que Lula ainda não tomou uma decisão sobre sua possível candidatura à reeleição em 2026.
Reportagens sugerem que o presidente expressou a seus assessores a intenção de não concorrer, caso suas condições físicas não estejam adequadas, citando o exemplo do ex-presidente americano Joe Biden. Em contrapartida, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, indicou que pode considerar a candidatura, dependendo do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Analistas da equipe de ações do JP Morgan para a América Latina e Brasil observaram que a diminuição da popularidade de Lula despertou o “medo de ficar de fora” (FOMO) entre investidores que ainda não possuem posições consideráveis no Brasil ou que estão com alocações modestas.
Um relatório do Itaú destaca que a queda do dólar, que passou de R$ 6,30 em dezembro para níveis próximos a R$ 5,70, é atribuída, em parte, à melhora do ambiente externo, marcado por um governo Donald Trump “mais ameno”. No entanto, o principal fator que impulsionou a valorização do real foi o aumento do diferencial de juros entre o Brasil e o exterior.