Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de forma unânime no dia 24 de outubro, assegurando seu mandato por mais quatro anos, que se estenderão de 2026 a 2030. A chapa que lidera, denominada “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”, foi a única concorrente registrada para a eleição, realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Rodrigues obteve o respaldo total das 27 federações estaduais e dos 40 clubes integrantes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, totalizando 141 votos.
A eleição foi marcada por um cenário político, especialmente considerando que, durante a gestão de Ednaldo, a seleção brasileira masculina de futebol não conquistou títulos. A equipe participou de duas edições da Copa América, em 2021 e 2024, tendo sido vice-campeã na primeira, após perder a final para a Argentina. Na Copa do Mundo de 2022, realizada no Catar, a seleção foi eliminada nas quartas de final pela Croácia. Atualmente, a seleção enfrenta dificuldades para se manter na zona de classificação para a Copa de 2026, ocupando o terceiro lugar após 13 rodadas nas Eliminatórias.
Além de Ednaldo Rodrigues, foram escolhidos oito vice-presidentes para apoiar a gestão: Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti. Durante a votação, também foram selecionados os membros do Conselho Fiscal, incluindo José Sergio Oliveira Santos, José Piedade Campos e Elielson Gomes Ferri como titulares, e Antonio Felipe Gomes Duarte de Farias, Leonardo Gladson Lemos Otero e Rodrigo de Albuquerque Benevides Mendonça como suplentes.
Em seu discurso após a confirmação da reeleição, Rodrigues enfatizou algumas realizações notáveis da CBF durante sua presidência, apesar de não serem de caráter esportivo. Ele recordou os desafios enfrentados em sua gestão anterior, mencionando “todo tipo de preconceito e perseguições”, inclusive uma suposta tentativa de golpe. “Resistimos e vencemos!”, afirmou o presidente.
Rodrigues se comprometeu a continuar seu trabalho com “todo empenho e dedicação possíveis” e finalizou seu pronunciamento reafirmando sua intenção de “continuar construindo um futebol que orgulha o país, gera empregos, promove o desenvolvimento e, acima de tudo, faz a alegria de milhões de torcedores”. A reeleição unânime reflete um forte apoio à sua administração e às iniciativas promovidas nos últimos anos, com a expectativa de continuar o desenvolvimento e a inclusão no futebol brasileiro.
A eleição quase contou com a participação de um candidato de destaque: Ronaldo Fenômeno. O ex-jogador da seleção brasileira desistiu de sua candidatura no dia 12 de outubro, após perceber que havia “portas fechadas” para suas propostas. Ronaldo expressou interesse em presidir a CBF em dezembro do ano passado e, para registrar sua candidatura, deveria contar com o apoio de pelo menos quatro federações estaduais e quatro clubes. O ex-atacante anunciou nas redes sociais sua intenção de “percorrer todos os cantos do Brasil, ouvir toda essa gente que precisa ser ouvida – hoje e sempre – e apresentar às Federações um projeto de investimento privado nunca antes visto para o crescimento sustentável do esporte em cada estado do país”.
No início de março, Ronaldo revelou que não obteve retornos positivos e decidiu abandonar a candidatura: “As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição.”