O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) se pronunciou na tarde deste domingo, 26, sobre a primeira delação do tenente-coronel Mauro Cid, que foi divulgada na íntegra por um veículo de comunicação no dia anterior. “Mauro Cid fez diversas delações, mudou sua versão várias vezes”, disse o deputado em sua conta na rede social X.
Na delação, Cid menciona que Eduardo Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro faziam parte de um grupo mais extremista próximo a Jair Bolsonaro, que defendia um golpe de estado por acreditar em fraudes nas urnas. Também eram destaque desse núcleo o ex-assessor internacional Filipe Martins, o ex-ministro Gilson Machado (PL), os senadores Jorge Seif (PL/SC) e Magno Malta (PL/ES), o ex-ministro Onyx Lorenzoni e o general Mario Fernandes, que atualmente está preso. O depoimento ainda menciona políticos como os senadores Flávio Bolsonaro (PL/RJ) e Ciro Nogueira (PP/PI), além do ex-Advogado-Geral da União, Bruno Bianco. O grupo é descrito como “bem conservador, de linha bem política”, e que orientava o ex-presidente a “mandar o povo para casa e se colocar como um grande líder da oposição”.
No total, Cid citou 20 nomes que estariam supostamente envolvidos em uma trama golpista. Desses, apenas 8 foram indiciados pela Polícia Federal em 2024, enquanto Michelle, Eduardo e outros 12 mencionados não foram incluídos na lista de indiciados.
As principais informações do depoimento já haviam sido previamente divulgadas em matérias, incluindo uma que destacou a “confissão” em agosto de 2023, e outra que apresentou áudios exclusivos de Mauro Cid criticando Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, publicada em setembro do ano passado.
