15 abril 2025
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Empresa busca reverter extinção de diversas espécies; descubra quais!

A empresa Colossal Biosciences anunciou avanços significativos em sua missão de “desextinguir” animais que há muito deixaram de existir na Terra, incluindo lobos pré-históricos extintos há 12 mil anos. Além dos lobos, as metas da startup americana incluem a reversão da extinção de outras espécies, como mamutes-lanosos, tilacinos (comumente conhecidos como tigres-da-Tasmânia) e dodôs. Para realizar esse processo, a equipe de cientistas utiliza DNA antigo, técnicas de clonagem e edição genética com foco na modificação dos genes de espécies atualmente existentes.

O mamute-lanoso, uma das espécies em foco, habitou a Terra durante a Era Glacial e seus ancestrais mais próximos são os elefantes asiáticos. A extinção dessa espécie ocorreu cerca de 4.000 anos atrás. De acordo com a Colossal, a reintrodução dos mamutes pode facilitar o desenvolvimento de novas ferramentas que ajudem a salvar elefantes modernos ameaçados, além de promover um entendimento mais profundo sobre a adaptação de animais ao frio e estimular avanços na edição multipla do genoma, técnica que possibilita a alteração de múltiplos genes simultaneamente. Especialistas da empresa afirmam que o retorno dos mamutes poderia auxiliar na restauração de ecossistemas desequilibrados pela atividade humana.

Desde sua fundação em setembro de 2021 por Lamm e George Church, a Colossal levantou mais de R$ 2,5 bilhões, com planos de trazer os mamutes de volta à vida com a expectativa de que os primeiros bezerros sejam apresentados até 2028. O projeto, no entanto, demorou mais do que o inicialmente previsto.

A startup também tem a intenção de ressuscitar o tilacino, ou tigre-da-Tasmânia. O último indivíduo na natureza foi exterminado entre 1910 e 1920, e o último em cativeiro morreu em 1936, pouco tempo após a criação de leis de proteção. A extinção do tilacino impactou negativamente os ecossistemas ao remover predadores de topo, gerando uma série de efeitos colaterais nos níveis inferiores da cadeia alimentar. Para tentar trazer essa espécie de volta, os cientistas da Colossal planejam utilizar embriões e espécimes juvenis conservados em álcool e outros estabilizadores.

O dodô, uma ave nativa das Ilhas Maurício, também está entre os alvos da Colossal. Os dodôs enfrentaram a extinção como resultado da introdução de predadores não nativos e da caça após a chegada dos colonizadores holandeses. A data exata da extinção é debatida, havendo relatos de supostos avistamentos em 2003, mas muitos especialistas acreditam que a última morte ocorreu por volta de 1690. A Colossal colabora com a Fundação da Vida Selvagem das Ilhas Maurício para restaurar os habitats naturais dos dodôs e desenvolver planos de reintrodução da espécie.

Esses esforços de “ressurreição” de espécies extintas representam um campo emergente da ciência que continua a evoluir.

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