7 junho 2025
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EMS Inova com o Lançamento da Primeira Caneta de Emagrecimento Genérica no Brasil

A farmacêutica nacional EMS iniciará a venda, nas redes varejistas, a partir da primeira semana de agosto, da primeira caneta genérica para emagrecimento do Brasil. O lançamento ocorre após a empresa obter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro do ano anterior para a produção de medicamento com liraglutida.

O produto aprovado para tratar a obesidade será comercializado sob o nome de Olire. Além deste, também será produzido o Lirux, que possui o mesmo princípio ativo, mas é destinado ao controle do diabetes. A previsão é que, até o final de 2026, ambos os medicamentos gerem uma receita de R$ 100 milhões para a empresa.

A EMS já começou a realizar visitas médicas e planeja abastecer farmácias em breve. O objetivo é que as canetas para emagrecimento representem 25% da receita total da companhia dentro de dois anos após o lançamento. Para 2025, a expectativa é de que a empresa alcance uma receita de aproximadamente R$ 10 bilhões, com R$ 2,5 bilhões provenientes dessa nova linha de produtos.

A liraglutida é a primeira entre as moléculas análogas de GLP-1 que a EMS pretende lançar. Ademais, a empresa está se preparando para o lançamento do genérico da semaglutida, previsto para o segundo semestre de 2026, quando a patente do medicamento expirará no Brasil.

Assim como a liraglutida, que tem como nome comercial Saxenda, a patente da semaglutida, atualmente comercializada como Ozempic, é propriedade da dinamarquesa Novo Nordisk até a expiracão da exclusividade. Outras empresas brasileiras, como Biomm e Cimed, também demonstraram interesse em produzir o genérico do Ozempic.

O preço médio da caixa de Saxenda, que contém três canetas, é de R$ 788. De acordo com informações da EMS, a versão genérica da liraglutida será vendida 20% mais barata, custando R$ 630. Diferentemente da semaglutida, que é utilizada semanalmente, a liraglutida de primeira geração, que será lançada, deve ser administrada diariamente, com duração de seis dias na dosagem máxima. O Ozempic, na mesma proporção, tem efeito por quatro semanas.

No primeiro lote, a EMS produziu 100 mil canetas, sendo 50 mil de Olire e 50 mil de Lirux. A expectativa é que, até o final do ano, mais de 250 mil unidades sejam disponibilizadas no mercado. A empresa prevê vender um total de 500 mil canetas em um ano.

Com esse lançamento, a EMS busca conquistar uma parte significativa do mercado de obesidade no Brasil, que atualmente é avaliado em cerca de R$ 3,3 bilhões. A produção das canetas de liraglutida começou há 30 dias em uma planta localizada em Hortolândia, no interior de São Paulo. A capacidade produtiva anual da EMS ultrapassa um bilhão de caixas de medicamentos, considerando todos os produtos fabricados.

Nos últimos dez anos, a fábrica recebeu um investimento de aproximadamente R$ 500 milhões, incluindo construção e custos de produção e desenvolvimento. Com a introdução da semaglutida, a expectativa é de que sejam investidos mais R$ 100 milhões até o próximo ano.

A EMS reinveste cerca de 6% de seu faturamento e planeja aumentar esse montante. Além disso, a companhia está expandindo sua equipe técnica e trazendo de volta profissionais brasileiros graduados no exterior. A empresa também se mostra interessada em mercados fora do Brasil, com planos de exportar a liraglutida para os Estados Unidos ainda este ano, por meio de parceria com uma distribuidora local.

Nos Estados Unidos, o mercado de liraglutida é considerado significativamente maior do que no Brasil, com maior exposição entre médicos e pacientes. A previsão é que a EMS alcance US$ 1 bilhão em vendas nesse mercado nos próximos dois anos, embora a penetração internacional será avaliada nos próximos meses.

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