A província de Ontário, localizada no Canadá, aplicou um aumento de 25% nos preços da eletricidade destinada a Minnesota, Michigan e Nova York, como resposta às tarifas impostas pela administração do presidente dos Estados Unidos. O primeiro-ministro de Ontário destacou que essa ação é uma consequência direta das políticas tarifárias, enfatizando que a responsabilidade recai sobre o presidente dos EUA.
Aprovada pelo governo provincial, a decisão implica que o operador Independent Electricity System Operator deve adicionar uma taxa adicional de 7 dólares por megawatt-hora em toda a eletricidade exportada para os estados mencionados. Ontário, que é a província mais populosa do Canadá e a segunda em tamanho, busca responder a essas políticas comerciais unilaterais.
Recentemente, dados indicam que Nova York obteve aproximadamente 4,4% de sua eletricidade total a partir do Canadá, conforme medições de uma fonte financeira. As porcentagens para Minnesota e Michigan são ainda mais baixas, conforme informações de uma entidade reguladora regional.
Essa medida já havia sido anunciada anteriormente pelo premier de Ontário após a implementação das tarifas direcionadas a produtos canadenses. A proposta se concretizou mesmo diante do entendimento da Casa Branca de isentar veículos e outros produtos sob o tratado comercial entre os dois países e o México.
Entretanto, a eficácia dessa medida pode ser limitada, dado que os preços do mercado spot de eletricidade nos Estados Unidos são determinados pela lei da oferta e demanda a curto prazo. Assim, os compradores têm a opção de escolher entre fornecedores, podendo optar por aqueles que oferecem preços mais acessíveis.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos anunciou um novo adiamento na implementação de tarifas sobre importações do Canadá, logo após ter feito o mesmo em relação ao México. Essa decisão adia a imposição de tarifas sobre produtos abrangidos pelo Tratado de Livre Comércio USMCA, que inclui uma porcentagem significativa das importações de ambos os países.
Os produtos que pertencem ao escopo do tratado incluem veículos, que também tiveram a imposição de tarifas adiada. O governo justificou essa prorrogação para que os fabricantes possam aumentar a produção nos EUA e evitar tarifas, embora isso exija um planejamento considerável e investimentos significativos, além de possíveis contratações.
Vale destacar que a energia proveniente do Canadá não está integrada ao acordo USMCA, portanto, as tarifas de 10% continuarão a ser aplicadas, o que poderá elevar os preços do gás na região nordeste dos Estados Unidos. O adiamento das tarifas permanecerá válido até o dia 2 de abril, quando novas taxas devem ser implementadas. A partir dessa data, tarifas recíprocas entrarão em vigor, onde os Estados Unidos cobrarão dos produtos importados taxas que equivalem às que seus países de origem impõem sobre bens americanos.
Atualmente, devido aos acordos comerciais USMCA e seu antecessor, Nafta, México e Canadá são os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, representando uma fração significativa do fluxo comercial total do país.