A Câmara dos Deputados e o Senado Federal irão escolher, no sábado (1º), seus novos presidentes, vice-presidentes e secretários para o período de 2025-2026. Com o início do ano legislativo, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixam suas posições de liderança na Câmara e no Senado, respectivamente, e retornam às suas funções como parlamentares.
O MDB é o partido que mais vezes ocupou a presidência da Câmara e do Senado ao longo de 38 anos. No contexto das eleições, cuestiones surgem sobre quem são os candidatos favoritos para esses cargos. Partidos como Novo, PSOL, PL e Podemos têm seus próprios concorrentes, incluindo aqueles que são considerados azarões.
Mas como ocorrem, de fato, as eleições para as mesas diretoras do Legislativo? Na Câmara dos Deputados, a Mesa é composta por 11 membros: o presidente, quatro vice-presidentes e quatro secretários, além de suplentes. O presidente é o primeiro cargo a ser decidido. A votação ocorre de forma gradual, e as demais posições só são preenchidas após a escolha do novo presidente. O voto é secreto, realizado por meio de urnas eletrônicas. Assim como nas eleições para os cargos do Executivo, o candidato que obtiver a maioria dos votos dos 513 deputados presentes é eleito. Se não houver uma vitória em primeiro turno, um segundo turno é realizado com os candidatos que obteram melhor desempenho.
Atualmente, o candidato favorito para a presidência da Câmara é Hugo Motta (Republicanos-PB), que conta com o apoio do atual presidente, Arthur Lira, além de 17 partidos, incluindo PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania, Rede, PRD, Solidariedade, PSD e União Brasil.
Em relação a outras posições, a eleição do vice-presidente e dos secretários segue um processo diferente. De acordo com o regimento da Câmara, a Mesa deve refletir uma “representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares presentes”, ou seja, quanto maior a bancada, mais relevante é a posição.
No Senado Federal, assim como na Câmara, a Mesa Diretora é composta por 11 senadores. Os cargos são preenchidos seguindo uma ordem hierárquica, começando pelo presidente, seguido pelos vice-presidentes, secretários e, por fim, suplentes. Qualquer senador pode se candidatar à presidência, mas candidaturas avulsas são raras e geralmente não recebem muitos votos, pois não são baseadas em acordos entre partidos. O formato habitual é que as candidaturas sejam apresentadas por meio de blocos parlamentares.
Após a definição dos candidatos, todos os 81 senadores votam. Ao contrário da Câmara, que utiliza urnas eletrônicas, a votação no Senado é feita com cédulas impressas. Ambas as votações são secretas, e a candidatura que receber ao menos 41 votos é a vencedora. O principal candidato até o momento é Davi Alcolumbre (União-AP), que tem o apoio de 68 senadores, incluindo o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Neste importante dia de decisões políticas, uma cobertura especial será realizada, com transmissões diretas do Congresso Nacional. A programação iniciará na sexta-feira, dia anterior à votação, com diversos jornais transmitidos ao vivo da sede do Legislativo. Repórteres, âncoras e analistas estarão acompanhando todos os eventos que resultarão na escolha dos novos presidentes, apoiados por uma equipe adicional em São Paulo. No dia da votação, a cobertura terá uma duração total de 12 horas, com um enfoque múltiplo e variado.