Um surto de uma doença ainda não identificada no Noroeste da República Democrática do Congo (RDC) resultou em 60 mortes e mais de mil casos confirmados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está investigando o surto, tendo excluído as possibilidades de Ebola e Marburg como causas. Os sintomas relatados incluem febre, dores de cabeça, calafrios, sudorese, rigidez no pescoço e dores musculares. Uma equipe da OMS está na região realizando testes e analisando amostras coletadas.
Até o momento, 54,1% das 571 amostras analisadas resultaram positivas para malária. A OMS enfatiza que a alta prevalência da malária na área pode indicar a possibilidade de coinfecção com outras doenças. Testes adicionais para meningite estão em andamento, assim como análises de água e alimentos. Os casos foram registrados em duas localidades, Boloko e Bomate, localizadas a aproximadamente 100 km uma da outra. Os primeiros casos em Boloko foram associados ao consumo de um morcego encontrado morto.
Em Bomate, até o dia 15 de fevereiro, foram reportados 419 casos e 45 mortes. As investigações estão sendo conduzidas com foco em aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, visando identificar a origem da doença e os fatores que contribuíram para os óbitos. Especialistas expressam preocupação em relação à gravidade do surto, uma vez que os sintomas se assemelham aos de febres hemorrágicas, indicando um risco significativo para a saúde pública na região.
