14 abril 2025
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Equador elege novo presidente neste domingo (13); saiba mais!

Os cidadãos equatorianos se dirigem às urnas neste domingo (13) para o segundo turno das eleições presidenciais, onde escolherão entre Daniel Noboa, atual presidente de direita, e Luisa González, representante do partido de esquerda liderado pelo ex-presidente Rafael Correa. O país enfrenta uma grave crise de segurança que marcará o contexto deste pleito. As votações no Equador iniciarão às 9h, horário de Brasília, e encerram-se às 19h, com os primeiros resultados sendo divulgados às 22h. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mais de 13 milhões de cidadãos estão habilitados a votar, incluindo equatorianos que residem fora do país. Neste pleito, será escolhido o presidente e o vice-presidente da República para o mandato de 2025 a 2029.

A disputa focaliza a corrida entre Daniel Noboa, da Ação Democrática Nacional (ADN), e Luisa González, do Movimento Revolução Cidadã, que se destaca como uma importante figura da oposição. No primeiro turno, Noboa conquistou 44,15% dos votos, enquanto González obteve 44%, resultando em uma diferença mínima de 0,15 ponto percentual, o que gerou uma expectativa significativa em relação ao segundo turno. No Equador, o voto é compulsório para cidadãos entre 18 e 65 anos que estão registrados, enquanto a participação é opcional para aqueles com idade entre 16 e 18 anos e acima de 65. A ausência às seções eleitorais pode resultar em uma multa de 15% do salário-base unificado.

Os eleitores enfrentam uma escolha crítica que determinará o futuro do país nos próximos anos. Noboa e González apresentam propostas contrastantes em áreas como economia, segurança e governança, simbolizando diferentes correntes políticas. Daniel Noboa, de 37 anos, é filho de um dos empresários mais ricos do Equador e possui formação em Harvard. Ele ascendeu à presidência após uma vitória surpreendente em 2023, anteriormente derrotando González. Noboa é reconhecido como herdeiro de um magnata das bananas e expressou identificação com líderes populistas, como Donald Trump.

Durante seu mandato, Noboa enfrentou críticas por supostas violações éticas, como a ordem para que forças de segurança invadissem a embaixada do México para prender um ex-vice-presidente, resultando na ruptura das relações diplomáticas. Ele também promoveu um referendo que ampliou seus poderes de segurança, fundamental na sua estratégia de combater a criminalidade nas prisões dominadas por organizações criminosas. Em questões econômicas, seu governo tem promovido medidas como pagamentos em dinheiro e a extinção de dívidas para agricultores afetados por desastres naturais.

Por sua vez, Luisa González, de 47 anos, propõe restabelecer as relações com países como o México e a Venezuela se eleita. A atual presidente mexicana já expressou apoio à candidatura de González, que baseou sua campanha na ideia de “Revitalizar o Equador”, buscando um retorno a políticas mais estatizantes voltadas à redistribuição implementadas durante a presidência de Correa. Apesar de Rafael Correa, atualmente em exílio na Bélgica, continuar a ter influência política, González tem trabalhado para se distanciar dele, enfatizando sua própria liderança.

O Equador enfrenta também desafios relacionados à crise energética, exacerbados por eventos climáticos, como o fenômeno El Niño, que afeta a produção hidrelétrica. González tem defendido uma maior intervenção estatal no setor elétrico e rejeitado qualquer negociação com grupos criminosos, propondo um novo modelo de segurança que priorize a prevenção da violência. Independentemente de quem vencer, o futuro governo terá dificuldades para governar, dado que nem a ADN nem o Movimento Revolução Cidadã conseguiram maioria na Assembleia, exigindo que ambas as partes forjem alianças.

Após a-os resultados do primeiro turno, ambos os candidatos encerraram suas campanhas buscando mobilizar eleitores. O CNE assegurou a transparência no processo de contagem, embora não será realizada uma contagem rápida devido à polarização do cenário político. Aproximadamente 92.000 delegados e observadores, tanto nacionais quanto internacionais, estarão presentes para monitorar as votações, em um contexto marcante de conflito armado interno.

O Equador vive um período de incertezas políticas e sociais, frente a um dos pleitos mais contenciosos em anos, em meio a uma crescente crise de segurança. O governo que se instalará em 24 de maio enfrentará desafios urgentes, como a crise energética, a recuperação econômica e a luta contra a corrupção. A escalada do tráfico de drogas também contribuiu para uma alta na taxa de homicídios no país, assumindo uma das primeiras posições na América Latina em 2023, embora a taxa tenha diminuído levemente em 2024. Noboa tem adotado uma abordagem rigorosa no combate ao crime, solicitando apoio internacional, enquanto González critica a intervenção estrangeira nas questões de segurança do país.

Além da criminalidade, a situação econômica no Equador também se mostra debilitada, levando especialistas a prever que o próximo presidente terá a responsabilidade de lidar com uma economia à beira do colapso.

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