O Equador realiza neste domingo, 13, o segundo turno das eleições presidenciais. A disputa é acirrada entre o atual presidente, Daniel Noboa, do partido Ação Democrática Nacional, de centro-direita, e Luisa González, da Revolução Cidadã, de esquerda. Na véspera do pleito, Noboa declarou estado de exceção em sete das 24 províncias do país, incluindo a capital, Quito, e em todo o sistema penitenciário. Essa decisão foi adotada como resposta ao aumento da violência relacionada ao tráfico de drogas, um dos principais desafios enfrentados pelo país. O estado de exceção terá duração de 60 dias e foi justificado pela crescente criminalidade e pela intensificação de atividades ilícitas perpetradas por grupos armados organizados.
Com a imposição do estado de exceção, algumas garantias foram suspensas. Noboa restringiu os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência e também suspendeu a liberdade de reunião. Além disso, foi estabelecido um toque de recolher noturno de sete horas em diversas localidades das províncias de Guayas, Los Ríos, Orellana, Sucumbíos e Ponce Enríquez.
As eleições atuais representam a segunda vez que Noboa e González se enfrentam em um segundo turno; o mesmo ocorreu em 2023, quando Noboa foi eleito. O cenário atual de intenções de voto é bastante equilibrado, com ambos os candidatos empatados em várias pesquisas. Segundo um levantamento da Comunicaliza, divulgado em 3 de abril, Noboa apresenta 50,3% das intenções de votos válidos, enquanto Luisa González tem 49,7%.
As propostas dos candidatos divergem significativamente. Noboa, com uma abordagem mais neoliberal, enfatiza a necessidade de fortalecer a segurança e de adotar uma postura rigorosa em relação a crimes relacionados ao narcotráfico. Por outro lado, Luisa González, aliada do ex-presidente Rafael Correa, defende um papel mais ativo do Estado na economia, com foco em garantir justiça social.