Quase 14 milhões de cidadãos equatorianos estão convocados a votar neste domingo (9) para eleger o próximo presidente do Equador. As autoridades de segurança foram mobilizadas para assegurar que o processo eleitoral transcorra de forma pacífica. O Conselho Eleitoral do Equador (CNE) está finalizando os preparativos, com o envio das urnas eleitorais na capital, Quito, supervisionados por observadores internacionais que se encontram no país para acompanhar o pleito.
Na semana anterior ao evento, o presidente do Equador, Daniel Noboa, implementou medidas de segurança, incluindo a militarização dos portos, um aumento na presença de forças de segurança nas regiões sul e norte do país, e o fechamento das fronteiras entre sábado (8) e segunda-feira (10) devido às “tentativas de desestabilização por grupos armados”. A violência vinculada ao tráfico de drogas representa um grave problema enfrentado por muitos eleitores no contexto desta eleição.
Um total de 16 candidatos estão na disputa pela presidência, mas as atenções estão voltadas para a polarização entre Daniel Noboa, do Movimento Ação Democrática Nacional (ADN), e Luisa González, do Movimento Revolução Cidadã, que é liderado pelo ex-presidente Rafael Correa. Noboa busca consolidar um apoio em torno de suas promessas de aprofundar as iniciativas de combate ao crime e resolver problemas relacionados a cortes de energia, aspirando assim a garantir um novo mandato.
Duas pesquisas de opinião recentes indicam uma possível vitória de Noboa no primeiro turno. Originário de Guayaquil, Noboa é herdeiro de uma significativa fortuna que inclui negócios no setor agrícola e de embalagens. Outras sondagens, no entanto, sugerem que a eleição poderá avançar para um segundo turno em abril, onde é previsto um embate entre ele e Luisa González.
González, por sua vez, propõe uma abordagem focada em investimentos em assistência social e na aplicação de penas mais rigorosas contra criminosos, confiando que suas políticas superem as implementadas por Noboa. Contudo, enfrenta um desafio considerável para obter sucesso na eleição deste domingo.
As votações para a presidência no Equador estão programadas para ocorrer das 7h às 17h, horário local. O voto é obrigatório para todos os cidadãos entre 18 e 65 anos, com multa aplicada em caso de não comparecimento. Os eleitores, após realizar a identificação, recebem quatro cédulas, incluindo uma para a escolha dos candidatos a presidente e vice-presidente. Para efetuar o voto, é necessário assinalar a opção preferida e depositar a cédula na urna.
Além da votação para a presidência, as cédulas incluem também a escolha de legisladores nacionais, provinciais e membros do Parlamento Andino, que é um órgão da Comunidade Andina, composta por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Nesse caso, os eleitores devem optar entre listas fechadas de candidatos apresentados pelos diversos partidos. Caso nenhum candidato consiga obter 50% dos votos válidos, ou 40% com uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, a disputa será levada a um segundo turno marcado para 13 de abril.
