A Equatorial Energia comunicou a venda total das ações da Equatorial Transmissão S.A. para a Verene Energia S.A., que é controlada pela canadense CDPQ. O montante da transação pode atingir R$ 9,395 bilhões, conforme o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de sexta-feira (4). Segundo o documento, o valor da operação, denominado enterprise value, é de até R$ 9,395 bilhões, considerando um equity value de até R$ 5,188 bilhões com data-base em 30 de junho de 2025, ajustado pelo CDI desde a data-base até o fechamento efetivo.
O fato relevante informa que a dívida líquida dos ativos de transmissão em dezembro de 2024 era de R$ 2,862 bilhões. A dívida líquida estimada para a data-base (junho/25) será ajustada considerando os pagamentos de dividendos declarados e a redução de capital do caixa excedente. Dessa forma, o caixa gerado no período de janeiro a junho ficará sob a responsabilidade da Equatorial S.A.
Após a conclusão da transação, a Equatorial é informada de que deixará de ter qualquer participação direta ou indireta na Equatorial Transmissão e nas Transmissoras. Esses ativos foram adquiridos em leilões realizados em 2016 e 2017, formando um portfólio que é descrito como representativo, de alta qualidade e rentabilidade no setor. Com essa operação, a empresa finaliza um ciclo de alocação de capital bastante lucrativo no segmento de transmissão.
A Equatorial enfatiza que a transação permitirá seguir com a estratégia de otimização da estrutura de capital e avançar em novas iniciativas. Os recursos obtidos com a venda poderão ser utilizados não apenas para acelerar o processo de desalavancagem, resultante de aquisições recentes, mas também para buscar oportunidades orgânicas e inorgânicas, além de possibilitar o pagamento de dividendos ou juros sobre capital próprio aos acionistas.
Em relação à estrutura da operação de venda, a Equatorial adota uma reestruturação societária que envolverá a segregação da Echoenergia Participações S.A., Echoenergia Crescimento S.A. e Equatorial Renováveis S.A., conforme os termos da transação. A conclusão da operação ainda está sujeita à satisfação ou renúncia de certas condições, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e de determinados credores.
