Apesar da recente mudança na liderança da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o governo atual ainda enfrenta dificuldades em recuperar sua popularidade. Dados de uma pesquisa recente indicam que 57% dos entrevistados desaprovam a gestão atual, refletindo um aumento em relação ao levantamento anterior e marcando o maior nível de rejeição até o momento. A taxa de aprovação é de 40%, o que representa uma queda em relação aos meses anteriores e é considerada a mais baixa desde o início do mandato.
Embora o presidente tenha um histórico otimista, a situação é preocupante. A imagem dele está se deteriorando especialmente entre as camadas mais pobres da população, que tradicionalmente formam sua base de apoio. De março a maio, a desaprovação entre pessoas que recebem até dois salários mínimos aumentou de 45% para 49%. A aprovação, que no início do ano era de 56%, caiu para 50%.
Para reagir a esse cenário da rejeição, o governo tem intensificado o anúncio de medidas voltadas para o público em geral. No final de maio, foi assinada uma medida provisória que isenta até 60 milhões de brasileiros do pagamento da conta de luz, com um custo previsto de 3,6 bilhões de reais por ano.
Em seguida, foi lançado o programa “Agora Tem Especialistas”, que visa reduzir as longas filas de espera na saúde e melhorar o acesso a consultas, exames e cirurgias. Este programa, que já foi proposto anteriormente, busca implementar um projeto que falhou sob a gestão anterior do Ministério da Saúde.
Durante uma entrevista no Palácio do Planalto, o presidente anunciou a ampliação do programa de distribuição de gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade, além de estudar opções de financiamento para entregadores trocarem suas motos e para pequenos reparos em residências, referindo-se a isso como a construção de um “puxadinho”.
Lula também mencionou que novas concessões em rodovias incluirão a exigência de abrigos para caminhoneiros, um grupo que foi historicamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além desse conjunto de medidas, o governo espera que a inflação dos alimentos diminua, especialmente nesta época do ano, em função da safra abundante prevista para 2025. O presidente demonstra um esforço significativo para melhorar sua imagem e alcançar a aceitação popular.