segunda-feira, fevereiro 3, 2025
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Estudo revela aumento de cerca de 80% nas áreas queimadas no país

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O Brasil enfrentou uma grave devastação em 2024, com mais de 30,8 milhões de hectares afetados pelo fogo, um aumento alarmante de 79% em relação ao ano anterior. De acordo com dados do MapBiomas, a floresta amazônica foi a mais severamente atingida, representando mais da metade da área total queimada no país. A pesquisa do Monitor do Fogo indica que 75% das áreas queimadas eram de vegetação nativa, especialmente em áreas florestais, abrangendo 25% do total de hectares destruídos. As pastagens também sofreram grandes perdas, com 6,7 milhões de hectares queimados. A Amazônia, por sua vez, lidera como a região mais afetada, somando 17,9 milhões de hectares, um número que ultrapassa a soma das áreas queimadas no Brasil em 2023.

A situação na região é alarmante, já que a floresta nativa foi a mais impactada, superando pela primeira vez as áreas de pastagens. “Os efeitos dessa destruição evidenciam a necessidade urgente de ações conjuntas e comprometimento em todos os níveis para enfrentar uma crise ambiental agravada por condições climáticas extremas, mas que foi iniciada pela atividade humana, como no ano passado”, afirma uma especialista do MapBiomas Fogo. O fenômeno El Niño, que deixou a vegetação mais suscetível ao fogo, é um dos fatores que contribuíram para o aumento das queimadas. No Cerrado, foram queimados 9,7 milhões de hectares, com 85% dessa área sendo de vegetação nativa. O Pantanal também foi gravemente atingido, com 1,9 milhão de hectares afetados, sinalizando um aumento de 64% em comparação à média dos últimos seis anos. A severa seca, semelhante à de 2020, deixaram essa região mais vulnerável às chamas.

Na Mata Atlântica, 1 milhão de hectares pegaram fogo, com 70% da área queimada resultante de atividades agropecuárias. Embora as chamas tenham predominado em áreas de uso humano, as regiões naturais também sofreram danos significativos, resultando em graves prejuízos ambientais. O Pará destacou-se como o estado que mais queimou, com 7,3 milhões de hectares, seguido por Mato Grosso e Tocantins, que juntos correspondem a mais da metade das áreas devastadas no Brasil. As cidades de São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS) registraram as áreas mais extensas arrasadas pelo fogo.

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